Justiça de Maringá mantém bens de Marçal Siqueira bloqueados mais de dois anos após caso XLand

Em uma clara divergência com a narrativa de superação e vitória que o empresário e coach financeiro Marçal Siqueira tenta projetar, especialmente em suas redes sociais e eventos públicos, a realidade de sua situação jurídica no caso XLand Holding permanece inalterada: ele continua réu em múltiplos processos e com parte de seus bens bloqueados pela Justiça.
Apesar de seus esforços para se posicionar como uma vítima que busca um recomeço, inclusive com o lançamento de um livro sobre adversidades, os fatos concretos do âmbito legal contradizem a imagem de um caso superado. A Justiça de Maringá mantém o bloqueio de um imóvel de Siqueira, uma medida para garantir o ressarcimento de um investidor local que alega um prejuízo de aproximadamente R$ 127 mil. Este processo é movido por uma pessoa de Maringá que se sentiu lesada ao investir na XLand por sua indicação.
O escândalo, que ganhou notoriedade nacional em março de 2023 através de uma reportagem do programa “Fantástico” da TV Globo, apontou Siqueira como a figura central que teria apresentado a XLand Holding a diversos investidores, incluindo os jogadores do Palmeiras que amargaram um prejuízo milionário. Na época, o atacante Willian Bigode, em nota oficial, confirmou que conheceu a empresa por intermédio de Marçal Siqueira, a quem considerava “pessoa de sua confiança”.
Documentos judiciais e notícias recentes confirmam que o processo contra Siqueira não apenas continua ativo, como ele mesmo admitiu em uma entrevista em fevereiro de 2025, a existência de três ações judiciais que buscam reparação financeira e por danos morais.
Portanto, qualquer alegação ou insinuação de que Marçal Siqueira teria “ganho o processo” ou se livrado das acusações não encontra respaldo na realidade dos fatos judiciais. A situação jurídica do empresário maringaense permanece delicada, com seus bens servindo como garantia para possíveis indenizações, um forte indicativo de que a justiça ainda não proferiu um veredito final e que as consequências do caso XLand continuam a ser uma parte presente e relevante de sua vida, distante da narrativa de absolvição que tenta propagar.