De colônia de férias a patinete: cuidados exigem atenção

De colônia de férias a patinete: cuidados exigem atenção

O período de férias escolares, tão aguardado por pais e crianças, pode se transformar em um risco se alguns cuidados básicos não forem seguidos. Lesões por quedas, queimaduras, intoxicações e afogamentos são exemplos de situações que levam ao aumento dos atendimentos de emergência pediátrica nessa época do ano, de acordo com a pediatra Fernanda Perez, coordenadora médica da unidade de internação pediátrica do Hospital Pasteur, da Rede Total Care no Rio de Janeiro.

Segundo a médica, os casos mais comuns atendidos durante as férias, especialmente em crianças de zero a 12 anos, incluem: quedas e traumas por brincadeiras em parques, escadas e brinquedos como bicicleta e patinete; queimaduras solares e intoxicações alimentares em passeios e viagens; afogamento e ingestão de água em praias e piscinas; desidratação e problemas respiratórios devido à exposição prolongada ao sol ou ambientes com aglomeração.

Na hora de escolher atividades ou espaços como colônias de férias, a pediatra reforça que a decisão deve levar em conta o preparo da equipe, a segurança do local e a variedade de atividades, sempre com espaço para momentos de descanso. “Colônias, por exemplo, são excelentes para socialização, mas é importante que a programação inclua pausas, especialmente para os menores”, orienta.

Com atenção e alguns cuidados simples, as férias podem ser um período de diversão e descobertas sem sustos, como explica a médica: “Supervisão é essencial em qualquer ambiente. Equipamentos como capacetes ou boias podem ajudar, mas não substituem o olhar atento dos responsáveis”. Ela também reforça a importância de verificar a segurança dos brinquedos, manter a hidratação adequada, usar o protetor solar e respeitar as regras de convivência entre as crianças para garantir um recesso tranquilo.

Para a especialista, é importante observar os seguintes pontos:

Cuidado extra com crianças pequenas

Crianças de zero a cinco anos estão em fase de descoberta e exigem vigilância constante, principalmente em casa, onde escadas, sacadas e janelas podem representar riscos. Os maiores, de seis a 12 anos, mesmo com mais autonomia, também precisam de orientação sobre limites e segurança durante as brincadeiras.

Piscina, praia e o perigo invisível das boias

Boias e dispositivos de flutuação não substituem a supervisão de um adulto. “Mesmo com boia, uma criança pode escorregar, virar de cabeça para baixo e não conseguir sair sozinha da água”, destaca a pediatra. Ainda de acordo com a médica, nos casos em que a criança engolir água ou apresentar tosse persistente, dificuldade para respirar ou coloração arroxeada nos lábios, é preciso retirá-la do local imediatamente, buscar ajuda profissional e, se necessário, iniciar manobras de ressuscitação.

Colônia de férias com equilíbrio

A especialista reforça que a chave está em considerar as necessidades individuais das crianças: “Aquelas que participam de colônias em período integral podem precisar de momentos de pausa para recuperar as energias. Outras podem ter mais disposição para atividades prolongadas. O importante é encontrar esse equilíbrio”, afirma.

Brinquedos com rodas

Ao usar bicicletas, patinetes e brinquedos de mobilidade, é importante verificar se os equipamentos atendem às normas de segurança e são indicados para a idade da criança, alerta a Dra. Fernanda Perez. Capacetes, joelheiras e cotoveleiras devem ser usados sempre, mesmo em brincadeiras de curta duração, acrescenta.

DINO