Hospital psiquiátrico de Maringá tenta comoção popular para esconder má administração

Por Gilmar Ferreira
É inaceitável, beira o absurdo, a postura da gestão do hospital psiquiátrico de Maringá diante da crise que se abate sobre a instituição. Chega de vitimização! A realidade é dura e precisa ser dita com todas as letras: a culpa, caros proprietários, é de vocês, e de mais ninguém.
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Não venham com essa conversa fiada de “questão política” ou de que a “justiça” é a grande vilã da história. Qualquer cidadão com acesso ao Google pode comprovar que o problema é jurídico e nasce da omissão da própria diretoria. As oportunidades para adequar o hospital às normas existiram, e foram muitas! Mas, convenientemente, foram ignoradas. Agora, no desespero, tentam desqualificar o trabalho da justiça, que, diga-se de passagem, está apenas cumprindo seu papel de proteger os mais vulneráveis.
Enquanto a gestão brinca de jogo da culpa, a verdade é que pacientes e funcionários sofrem as consequências mais amargas. Os colaboradores, heróis em meio ao caos, enfrentaram más condições de trabalho, o que não só deteriorou a qualidade de vida deles, mas, o que é mais grave, colocou em risco direto a segurança e o bem-estar dos pacientes que deveriam estar sendo cuidados com dignidade.
É hora de a diretoria do hospital psiquiátrico de Maringá descer do pedestal da negação e encarar a realidade de frente. O caminho é um só, e passa por:
- Reconhecer os erros: Admitir que a própria gestão falhou miseravelmente em sua responsabilidade.
- Colaborar com a justiça: Parar de espernear e cumprir as determinações judiciais. A lei é para todos, e a saúde mental não pode ser tratada com descaso.
- Priorizar a vida: Garantir que o hospital volte a ser um ambiente digno e seguro, tanto para quem se trata quanto para quem trabalha. Melhorar as condições de trabalho é urgente e inadiável.
- Apresentar um plano de recuperação: Desenvolver um plano concreto de reestruturação que vá além das promessas vazias, mirando um atendimento de qualidade e uma gestão transparente e responsável.
A saúde mental é um tema sensível demais para ser tratado com a irresponsabilidade que temos visto. Os proprietários do hospital psiquiátrico de Maringá têm um dever moral e legal de zelar pelos pacientes que, muitas vezes, não têm voz. Chega de se fazer de vítima e de transferir responsabilidades. É hora de agir com a seriedade e a competência que a situação exige, ou de ceder o lugar a quem realmente se importa com o futuro da instituição e, principalmente, com a vida dos pacientes. Só assim o Hospital Psiquiátrico poderá reabrir as portas.