Giselli Bianchini: Convocando um Ato Profético ou Patético?

Giselli Bianchini: Convocando um Ato Profético ou Patético?

Da Bíblia à realidade política: O Vácuo entre o discurso e a prática de Giselli Bianchini

A vereadora Giselli Bianchini, hoje membro da Igreja Centro Internacional de Avivamento (CIA), após anos de “cadeira cativa” na Batista Renovada, está gerando bastante burburinho ao convocar um “ato de oração pelo Brasil” em frente à Catedral de Maringá. Apesar da localização sugestiva, não há nenhum indício de que a vereadora tenha se convertido ao catolicismo. Tudo aponta para uma manobra política calculada, visando as próximas eleições, onde Giselli deve tentar uma cadeira como deputada.

A imagem da vereadora ajoelhada com a Bíblia e a Constituição em mãos, embora carregada de simbolismo, levanta sérios questionamentos sobre seus atos. O uso do versículo “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32) soa irônico, para dizer o mínimo. Afinal, Giselli foi publicamente exposta por tentar se apropriar da autoria de um projeto de lei do vereador Guilherme Machado. Isso demonstra um claro desrespeito pela verdade que ela tanto prega.

Além disso, a vereadora Giselli Bianchini afrontou diretamente a Constituição Federal ao incitar publicamente um golpe de estado durante o governo Bolsonaro. Enquanto Giselli gritava palavras de ordem pedindo intervenção militar com Bolsonaro no poder, o pastor Eder Carlos Furlan, da Igreja Centro Internacional de Avivamento, também convidava pessoas para os atos antidemocráticos em Brasília. É importante lembrar que o pastor Furlan já foi preso em flagrante em 1998 em uma operação da Polícia Federal, que o considerou o maior “pirateiro” do país. Veja abaixo o Pastor convocando as pessoas para os atos em Brasilia.

A Constituição, em seu Artigo 5º, inciso IV, garante a livre manifestação do pensamento, mas proíbe o anonimato e a incitação a crimes contra a ordem democrática. Pedir um golpe de estado é uma violação flagrante dos princípios democráticos e constitucionais, especialmente do Artigo 1º, que afirma que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”, e do Artigo 142, que define o papel das Forças Armadas como defensoras da pátria e da lei, não como interventoras políticas.

A instrumentalização da fé e de símbolos religiosos e constitucionais para fins eleitorais, como parece ser o caso, revela uma preocupante falta de respeito às instituições e à população maringaense. O ato, disfarçado de fervor religioso e patriotismo, parece ser, na verdade, uma tática para aglomerar pessoas e promover uma campanha eleitoral antecipada, desvirtuando o verdadeiro propósito da oração e da representatividade política.

Será que a população de Maringá não percebe essa manobra, ou os eleitores aceitarão tamanha contradição entre as palavras e as ações da vereadora Giselli Bianchini?

Redação O Diário de Maringá

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