A Ascensão e Queda de Sargento Fahur: Da Coragem Policial à Covardia Política?

A Ascensão e Queda de Sargento Fahur: Da Coragem Policial à Covardia Política?

O deputado Sargento Fahur, que ascendeu à política com o discurso visceral de “bandido bom é bandido morto”, parece ter abandonado a casca do policial linha dura para se acomodar no conforto do jogo político. O discurso inflamado que o elegeu, baseado na pauta de segurança pública, deu lugar a uma agenda de interesses eleitorais, onde a coerência e a lei são secundárias.

A mudança mais flagrante é a sua guinada para a defesa da anistia aos “bandidos” do 8 de janeiro. O mesmo homem que antes clamava por punição severa a criminosos agora se une a uma facção política para proteger indivíduos que cometeram crimes contra a democracia. Essa reviravolta é um tapa na cara de seus eleitores e uma traição direta ao seu discurso original. Em vez de lutar por um sistema judicial mais eficiente ou por leis mais rigorosas contra a criminalidade, Fahur prefere direcionar sua energia para uma pauta que lhe garanta a simpatia de Jair Bolsonaro.

Mas a contradição não para por aí. Em vez de focar em problemas urgentes para a segurança pública, o deputado, que se diz “ao lado da lei”, dedica seu tempo a pleitear o impeachment de um ministro do STF, que atua para garantir a ordem democrática e o respeito à lei, independentemente das pressões políticas. Essa escolha revela sua verdadeira prioridade: a lealdade a um grupo político específico, e não à Constituição e às instituições democráticas. A bravura que ele exibia para enfrentar “bandidos” na rua se dissolveu no ambiente da Câmara, onde ele busca apenas se blindar politicamente e garantir sua próxima eleição.

A atuação de Fahur na Câmara dos Deputados se mostra inexpressiva e distante das pautas que o elegeram. A sua plataforma de segurança pública, que deveria ser seu foco, foi trocada por uma agenda que prioriza a visibilidade e o ganho político em detrimento de uma participação efetiva e propositiva. A sua suposta “coragem” se esvanece quando confrontado com a necessidade de defender a lei e a ordem contra seus próprios aliados. Ele se tornou o perfeito exemplo da dissonância entre o discurso e a prática, uma caricatura do policial que se vendeu ao jogo político.

Redação O Diário de Maringá

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