Henrique Pinto e o Futuro da Sociedade Rural de Maringá: Uma Visão “Sem Terra” ou Sem Autonomia?

SRM: um espaço para a comunidade ou para preencher o tempo de Henrique Pinto?
A recente entrevista do candidato à presidência da Sociedade Rural de Maringá (SRM), Henrique Pinto, pela Chapa Raiz, nos faz refletir sobre o futuro da entidade. A fala do candidato, ao descrever a SRM como uma entidade “sem terra” e, em seguida, defender a busca por recursos públicos via governo e emendas parlamentares, levanta a seguinte questão: qual é, de fato, a visão para o futuro da sociedade?
A expectativa de muitos era que um candidato a um cargo de tamanha importância apresentasse um plano de ação robusto. A SRM é historicamente reconhecida por seu papel central no agronegócio e na economia regional. Portanto, esperava-se uma proposta que fosse além dos interesses de seus próprios membros. A ideia de uma “Sociedade Rural” que se apoia majoritariamente em verbas públicas, em vez de investir em sua própria sustentabilidade e capacidade de gerar valor, contradiz o conceito de uma entidade representativa do setor privado.
A busca por financiamento público não é um problema por si só, mas se torna preocupante quando é a principal estratégia de uma chapa. Essa abordagem ofusca a apresentação de um plano claro sobre como a SRM pode contribuir ativamente para a sociedade. A percepção é que a motivação para a candidatura de Henrique Pinto está menos ligada a um plano de ação para ampliar a participação da SRM na geração de recursos para toda a comunidade e mais relacionada a uma busca por ocupação pessoal, talvez depois de ter arrendado suas propriedades e com os filhos já adultos. “A SRM não pode ser apenas algo para preencher o vazio que Henrique Pinto tem após criar os filhos e arrendar suas propriedades, como mencionou em entrevista.
Essa declaração de “entidade sem terra” minimiza a relevância e o potencial da instituição. A SRM não se define pela posse de terras, mas sim pela sua influência e capacidade de articular o agronegócio, promover eventos e debater temas de interesse público. Reduzir a entidade a uma mera questão de propriedade é ignorar seu papel como plataforma de inovação, desenvolvimento e representação política. O esperado de um presidente é que ele enxergue o imenso potencial da SRM para gerar valor e ser um agente de transformação, e não que a defina por suas limitações.
A liderança da Sociedade Rural de Maringá precisa entender seu papel como agente de progresso, e não apenas como um intermediário para a captação de dinheiro. A verdadeira inovação virá de um plano que mostre como a entidade pode usar sua expertise para fortalecer a economia local, promover o agronegócio de forma sustentável e contribuir para o bem-estar de todos os cidadãos.
O desafio para Henrique Pinto e sua chapa é mostrar que seu “Plano Raiz” vai além do que o poder público pode fazer por eles. O que a sociedade maringaense realmente espera é saber o que eles podem fazer por Maringá. A dúvida que fica é: a gestão de Henrique Pinto buscará engrandecer a Sociedade Rural, reconhecendo seu verdadeiro poder e influência, ou irá se limitar a um papel coadjuvante, dependente de favores e emendas parlamentares?
Outro questionamento entre os associados é se Henrique Pinto, caso eleito, cumprirá o mandato integral ou renunciará, como fez quando foi eleito vice-presidente?