Fé deu: Malafaia deve 17 milhões para a união

Fé deu: Malafaia deve 17 milhões para a união

O pastor e líder religioso Silas Malafaia enfrenta duas situações graves: acumula dívidas tributárias que chegam a mais de R$ 17 milhões com a União e, ao mesmo tempo, é alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF). O mandado de busca e apreensão contra ele, autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foi cumprido na última quarta-feira (20/08), quando Malafaia desembarcou no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Grande parte do débito de Malafaia, quase R$ 17 milhões, pertence à Editora Central Gospel LTDA, empresa que ele abriu há 26 anos com a esposa, Elizete Malafaia. A editora entrou em recuperação judicial em 2019 e, segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), a dívida com a União inclui R$ 6,9 milhões em débitos previdenciários e R$ 10,1 milhões em outros débitos.

Em entrevista à coluna do Metropoles, o pastor reconheceu as dívidas e afirmou que seus advogados estão em processo de negociação com a União para quitá-las. A Editora Central Gospel também tem débitos com outros credores, como empresas e trabalhadores, que somam R$ 15,6 milhões. Malafaia informou que já está pagando essas dívidas há dois anos, após a recuperação judicial ser concluída e homologada.

A investigação da PF que tem Malafaia como alvo apura ações coordenadas de desinformação e pressão contra o Poder Judiciário. A suspeita é de que o pastor tenha atuado para beneficiar um grupo ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, justificou a ordem de busca e apreensão com base em uma perícia realizada no celular de Jair Bolsonaro, que indica que Malafaia “exerce papel de liderança nas ações planejadas pelo grupo investigado que tem por finalidade coagir os ministros do STF e outras autoridades brasileiras”.

Além de ter o celular apreendido, o pastor foi proibido de se ausentar do Brasil, tendo seus passaportes cancelados. Ele também não pode se comunicar com nenhum dos investigados do núcleo de Bolsonaro, incluindo Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos.

Questionado sobre a apreensão de seu aparelho, Malafaia disse que troca de celular com frequência e que não tem medo do material que a PF possa encontrar.

Em nota, o advogado de Malafaia, Jorge Vacite Neto, afirmou que os débitos fiscais estão em “processo de revisão interna” para regularização.

Fonte: Metropoles

Redação O Diário de Maringá

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