Vereadora Giselli Bianchini leva à Câmara médico condenado por lesbofobia

Na sessão ordinária desta terça-feira (2), a Câmara de Maringá recebe o médico Dorival Ricci Júnior, convidado pela vereadora Giselli Bianchini (PP) para falar sobre a Síndrome Pós-Covid. O detalhe que chama atenção é que o profissional em questão foi condenado por lesbofobia em decisão assinada no final de abril de 2022.

Ricci Júnior foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por impedir que uma mulher lésbica trabalhasse em um hospital privado em razão de sua orientação sexual. A Justiça fixou a pena em um ano, três meses e 22 dias de reclusão, em regime inicialmente aberto, além de multa de R$ 13.332,00 e indenização de R$ 30 mil por danos morais. Ainda cabe recurso.

Ao escolher trazer esse convidado, Giselli Bianchini abre espaço no Legislativo para alguém que responde por uma conduta discriminatória e incompatível com os valores de igualdade e respeito que deveriam pautar as instituições públicas. O ato, inevitavelmente, gera questionamentos: qual a mensagem que a vereadora pretende passar ao dar voz a alguém condenado por lesbofobia em pleno plenário da Câmara?

Mais do que um descuido político, a decisão pode ser interpretada como um sinal de tolerância à discriminação, justamente em um momento em que a sociedade cobra das autoridades compromisso firme contra qualquer forma de preconceito.