Direito de expressão seletivo: assessores de Moro escolhem quando vale ou não

Direito de expressão seletivo: assessores de Moro escolhem quando vale ou não

Parece que quando o assunto é liberdade de expressão a assessoria do senador Sergio Moro adota dois pesos e duas medidas. Ao comentar o processo movido contra o ex-prefeito de Paranavaí KIQ por chamar o presidente Lula de ladrão, Moro defendeu que seu aliado estaria apenas exercendo o direito de se expressar.

Curiosamente esse entendimento muda quando a situação se volta contra o próprio senador. Um jornalista que apenas fez uma pergunta a Moro sobre outro assessor, sem qualquer acusação, agora enfrenta um processo movido justamente por esse assessor, que ainda pede uma indenização de 15 mil reais.

O que para uns é liberdade de expressão, para outros vira motivo de ação judicial. No mínimo curioso notar como para um dos assessores de Sergio Moro o direito de expressão parece válido apenas quando serve para atacar adversários ou gerar algum benefício político. Quando se trata de responder questionamentos incômodos, a tolerância desaparece e dá lugar à tentativa de intimidação judicial.

Contrariando o ditado popular de que perguntar não ofende, pelo menos para um dos assessores de Sergio Moro esse ditado não vale. Neste caso, além de ofender, pode custar caro para quem questiona.

Redação O Diário de Maringá

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