A máscara caiu: Guedes e Moro ignoraram fraudes que roubaram aposentados?

Corrupção às avessas: Guedes e Moro fecharam os olhos para o roubo no INSS?

O que deveria ter sido uma resposta rápida e eficaz ao problema dos descontos indevidos no INSS acabou se transformando em um retrato fiel da negligência e da omissão do poder público. Paulo Guedes, então Ministro da Economia, e Sérgio Moro, então Ministro da Justiça e Segurança Pública, foram oficialmente alertados em 2019 sobre as fraudes que lesavam aposentados e pensionistas, justamente aqueles que mais dependem da proteção do Estado para viver com dignidade. As denúncias não eram vagas. Estavam bem documentadas, fundamentadas e contundentes.

Advogada detalha investigação sobre desaparecimento de quatro homens em Icaraíma (PR)

Apesar disso, a atuação dos dois ministros foi tímida, burocrática e insuficiente. Faltou urgência, rigor e responsabilidade diante de uma situação que clamava por medidas firmes e imediatas. Em vez de proteger os mais vulneráveis, a engrenagem estatal funcionou como barreira, permitindo que os desvios se multiplicassem ao longo dos anos. O resultado foi um rombo não apenas financeiro, mas também moral, que corroeu a confiança dos cidadãos no sistema previdenciário e nas próprias instituições.

O contraste é gritante. De um lado estavam os discursos inflamados dos chamados “superministros”, que se vendiam como paladinos da moralidade e do combate à corrupção. Do outro estava a dura realidade, com palavras grandiosas que serviram apenas para mascarar a ausência de ação concreta. Nesse vazio de medidas efetivas, a omissão se converteu em cumplicidade silenciosa e quem pagou a conta foram os aposentados e pensionistas.

Mais do que um fracasso administrativo, trata-se de um colapso ético. Guedes e Moro não apenas sabiam do problema como detinham poder e legitimidade para enfrentá-lo. Escolheram, porém, o caminho das aparências, enquanto milhares de idosos viam seus direitos sendo dilapidados pouco a pouco. É um escândalo que ultrapassa números. É a revelação de que, quando falta compromisso humano e social na gestão pública, os mais frágeis acabam relegados ao abandono.

Se há uma lição a extrair desse episódio, é a de que alertas sérios não podem ser ignorados. A negligência dos governantes não é neutra. Ela significa desamparo para os vulneráveis e corrosão do pacto de confiança entre Estado e sociedade. Guedes e Moro, cada um em sua pasta, foram protagonistas desse fracasso. A história, cedo ou tarde, cobrará essa dívida, pois quando um país falha com seus idosos, não compromete apenas orçamentos. Fere a própria alma da nação.

Fonte do dados: Metropoles