Deputado Arilson vota a favor da redução do IPVA, mas critica falta de compensação do repasse aos municípios

Deputado Arilson vota a favor da redução do IPVA, mas critica falta de compensação do repasse aos municípios

Atualmente, 50% do valor arrecadado com o tributo é destinado ao Estado e os outros 50% vão diretamente para os cofres municipais

O deputado Arilson Chiorato (PT) votou a favor do redução do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no Paraná. O projeto de lei (PL nº 690/2025), que prevê reduzir 45% do valor do tributo, foi aprovado em segunda votação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) nesta terça-feira (16/09).

“Sou totalmente a favor da redução do IPVA e, por isso, votei sim. Porém, fico preocupado com a rejeição da emenda (de autoria do deputado) que garantia a recomposição do repasse aos municípios”, comenta o deputado Arilson, que é Líder da Oposição.

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O parlamentar explicou que, atualmente, 50% do valor arrecadado com o IPVA é destinado ao Estado e os outros 50% vão diretamente para os cofres dos municípios. “Com a redução do imposto, as prefeituras, em especial dos pequenos municípios, terão perdas significativas de receita, o que pode afetar diretamente a prestação de serviços essenciais à população na área da educação e da saúde”, exemplifica.

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A sugestão apresentada pelo parlamentar era que os recursos para essa compensação saíssem do superávit de arrecadação do Estado. A proposta do deputado Arilson era embasada, inclusive, no próprio balanço do governo apresentado durante a prestação de contas, que apontou uma sobra de R$ 14 bilhões.

“Estamos propondo que o valor que seria tirado dos municípios seja compensado com parte desses R$ 14 bilhões. Não estamos mexendo nas finanças do Estado. Trata-se de uma decisão política, não jurídica. A emenda era legal, constitucional e tinha como único objetivo preservar os serviços públicos municipais”, defendeu.

O deputado também rebateu argumentos contrários à proposta feitos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), afirmando que não há qualquer inconstitucionalidade na emenda. “Pode o governo não concordar politicamente. Mas juridicamente, não há impedimento. Apenas propomos uma recomposição justa e necessária, para que os municípios não sejam penalizados”, completou.

Perdas aos cofres municipais- De acordo com deputado Arilson, levantamentos apontam que a perda para os municípios até 2028 pode chegar a R$ 5,6 bilhões. Somente no próximo ano, por exemplo, Curitiba perderá quase R$ 427 milhões; Londrina mais de R$ 102 milhões; Maringá perto de R$ 96 milhões; Cascavel cerca de R$ 67 milhões; Ponta Grossa R$ 56 milhões; Apucarana, quase R$ 18 milhões a menos.

“Para as prefeituras menores, o IPVA é receita vital. Tirar isso é deixar os municípios sem recursos para manter políticas públicas básicas”, avalia o parlamentar.

ICMS mais alto do Sul do Brasil

Em sua colocação, o deputado Arilson Chiorato também chamou a atenção para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Os valores decorrentes do superávits precisam ser debatidos nesta casa. Como são investidos? Aliás, está na hora também de rever o valor do ICMS, pois o Paraná continua com o valor mais alto do Sul do Brasil, 19,5%”, ressaltou.

Foto Orlando Kissner

Redação O Diário de Maringá

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