Progressistas lança Cida Borghetti e expõe divisão interna na corrida pelo Governo do Paraná em 2026

Progressistas lança Cida Borghetti e expõe divisão interna na corrida pelo Governo do Paraná em 2026

O Progressistas do Paraná oficializou, nesta semana, a ex-governadora Cida Borghetti como pré-candidata ao Governo do Estado nas eleições de 2026. A decisão da Executiva Estadual recoloca no tabuleiro político a primeira mulher a governar o Paraná e cria uma disputa direta dentro da Federação União Progressista (UP), que também abriga o senador Sérgio Moro, já lançado pelo União Brasil ao Palácio Iguaçu.

Cida de volta ao jogo

Cida agradeceu a confiança da legenda e prometeu uma campanha baseada na união e no desenvolvimento.
“Tenho compromisso com o desenvolvimento do Paraná e com a construção de um projeto que una forças em favor das pessoas, da inovação e da qualidade de vida das famílias paranaenses”, afirmou.

A ex-governadora assumiu o Executivo em 2018, após a saída de Beto Richa, e deixou como legado convênios em todos os 399 municípios, projetos estruturais como a segunda ponte entre Brasil e Paraguai e R$ 5 bilhões em caixa. Apesar de ter governado por apenas nove meses, sua gestão foi lembrada pela ênfase em diálogo e eficiência administrativa.

Estratégia eleitoral e pesquisas

O Progressistas encaminhou ofícios a institutos de pesquisa solicitando a inclusão de Cida nos próximos levantamentos. O partido sustenta que a medida assegura igualdade de condições e atende às normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nos bastidores, dirigentes da sigla reconhecem que a ausência do nome de Cida nas pesquisas poderia fragilizar sua pré-candidatura antes mesmo de ganhar tração. A leitura é de que sua inclusão garante visibilidade e coloca pressão sobre adversários internos e externos.

A disputa dentro da UP

Se por um lado a oficialização fortalece o Progressistas, por outro expõe uma divisão delicada dentro da Federação União Progressista (UP). O bloco, formado pelo Progressistas e União Brasil, terá de administrar duas candidaturas competitivas: Cida Borghetti e Sérgio Moro.

Moro, que já havia anunciado sua intenção de disputar o governo, vê na movimentação do Progressistas um desafio estratégico. Como presidente estadual do União Brasil, ele esperava ter prioridade na federação. Agora, o cenário aponta para um embate interno, que pode levar a uma disputa de protagonismo ou até mesmo à necessidade de composições de última hora.

Impacto político

Analistas avaliam que a entrada de Cida Borghetti deve mexer com o equilíbrio da corrida eleitoral. Além de representar uma liderança feminina de peso, ela resgata o discurso de gestão técnica e diálogo, contrastando com o perfil de Moro, mais associado ao combate à corrupção e ao cenário nacional.

Nos bastidores, lideranças do Progressistas acreditam que a ex-governadora pode conquistar apoio regionalizado, especialmente no interior, onde mantém forte base política. Já Moro aposta em sua visibilidade nacional e na imagem de “nome novo” para convencer o eleitorado.

O que esperar

Com duas candidaturas competitivas dentro da mesma federação, a União Progressista terá de definir uma estratégia até as convenções partidárias. A falta de consenso pode resultar em desgaste político e abrir espaço para adversários externos.

A oficialização de Cida Borghetti, portanto, não apenas fortalece sua presença no cenário eleitoral, mas também inaugura uma disputa interna que promete ser um dos principais capítulos da corrida pelo Palácio Iguaçu em 2026.

Redação O Diário de Maringá

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