Antes de Criticar a Lei Rouanet, Ratinho deveria explicar suposta dívida de R$ 80 milhões com a União

Recentemente, o apresentador Ratinho foi intimado judicialmente a comprovar suas acusações contra Chico Buarque ou se retratar publicamente. Em seu programa na rádio Massa FM, Ratinho afirmou que Chico Buarque e Caetano Veloso, embora críticos do governo e identificados com a esquerda, viveriam de maneira incompatível com esse posicionamento político. Ele associou ainda os artistas ao recebimento de recursos públicos via Lei Rouanet.
No entanto, antes de continuar a disseminar acusações infundadas contra artistas que utilizam legalmente a Lei Rouanet, Ratinho deveria prestar contas à sociedade sobre sua própria situação fiscal. Segundo informações da imprensa, ele e suas empresas acumulam uma dívida tributária superior a R$ 80 milhões com a União, referente a impostos não pagos. Essa dívida levou o governo a solicitar a penhora de bens do apresentador para garantir o pagamento. Época
O episódio ganha ainda mais relevância considerando que seu filho, Ratinho Junior, busca a presidência do Brasil. A sociedade tem o direito de exigir transparência de quem almeja cargos de poder, e isso inclui saber se a família está em dia com suas obrigações fiscais. Antes de criticar a Lei Rouanet e atacar artistas que utilizam legalmente seus benefícios, Ratinho deveria explicar publicamente como pretende regularizar sua dívida com a União.
É importante lembrar que a Lei Rouanet é uma ferramenta legal que permite a empresas e cidadãos direcionarem parte de seus impostos para projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura. Não há evidências de que Chico Buarque tenha utilizado essa lei de forma indevida. Pelo contrário, ele sempre demonstrou compromisso com a cultura e a democracia em nosso país.
Portanto, a transparência e a responsabilidade não podem ser opcionais. Ratinho deve dar explicações à população sobre sua dívida de R$ 80 milhões, especialmente em um contexto em que seu filho busca ocupar a presidência do estado. Só assim poderá falar de forma legítima sobre direitos e deveres no país.
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