Dados e crédito ampliam eficiência no imobiliário

Dados e crédito ampliam eficiência no imobiliário

Indicadores recentes mostram maior uso de ferramentas financeiras no mercado de imóveis no Brasil. Em janeiro de 2025, os financiamentos com recursos da poupança somaram R$ 13,48 bilhões, alta de 40,3% ante janeiro de 2024, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP). A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) registra em 2024 queda de seis p.p. na preferência por poupança e 27 milhões de brasileiros com carteiras diversificadas. O consórcio de imóveis movimentou R$ 191,11 bilhões em créditos contratados em 2024 (+35%), informa a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).

O avanço do crédito e da diversificação ajuda a explicar por que investidores comparam financiamento, consórcio e home equity antes de decidir. Painéis do Banco Central do Brasil permitem acompanhar taxas por modalidade e séries de crédito habitacional e do mercado imobiliário, oferecendo base objetiva para escolhas.

“O que acontece no país é um movimento silencioso, semelhante ao impacto da revolução agrícola que transformou a forma de viver e produzir”, avalia Robson Cesar, estrategista financeiro imobiliário, sócio-fundador do Grupo AGEE e da ATrinca Real Estate, e diretor da Associação Nacional dos Correspondentes da Caixa Econômica Federal (ANCCA). “Agora estamos diante de uma ‘revolução financeira’ que já tem contribuído muito para a evolução financeira e patrimonial de milhões de brasileiros. Isso decorre da educação financeira que especialistas compartilham em redes sociais e produtos digitais, ajudando mais pessoas a usarem ferramentas financeiras para aumentar rentabilidade e lucro”

“Eu atuo antes da compra. Fornecemos dados de mercado para o cliente entender qual o perfil de imóvel e qual região tem maior potencial de retorno para o objetivo dele; com os números na mesa, mostramos qual ferramenta financeira amplia o resultado com segurança para aquele perfil. Investir só com recursos próprios é como plantar uma lavoura inteira com enxada e facão; dá para fazer, mas o ritmo e a escala ficam limitados”, compara. “Quando definimos perfil e região com base em dados e escolhemos a ferramenta certa — ajustando taxa, prazo e fluxo — evoluímos as ferramentas. Na analogia da lavoura, substituímos a enxada e facão por trator e colheitadeira, e o investimento ganha máxima eficiência e potencializa o crescimento organizado do capital e patrimônio”, afirma.

Além do volume de crédito, preços, oferta e renda ajudam a balizar a decisão. O IGMI-R apontou alta de 12,88% em 12 meses até julho de 2025, indicando ganho real de preços, segundo a ABECIP. A FIPE estimou rentabilidade média do aluguel de 5,93% ao ano em junho de 2025, com variação relevante entre capitais. No lado da oferta, a CBIC registrou queda de 4,1% do estoque nacional e 8,2 meses para escoamento no 2º trimestre de 2025, enquanto os lançamentos cresceram 61,7% no 1º trimestre de 2025, segundo indicadores ABRAINC-FIPE. No crédito agregado, o Banco Central reportou expansão de 11,4% em 12 meses nas operações às famílias em julho de 2025.

“Em vez de imobilizar todo o capital próprio no imóvel, é muitas vezes mais eficiente alocar esse valor em aplicações financeiras com liquidez e usar uma ferramenta adequada — como o financiamento — para viabilizar a compra”, afirma Robson Cesar. “O método começa na escolha do imóvel e da região; a ferramenta vem depois. Em cenários bem estruturados, essa combinação pode triplicar o resultado em relação a comprar 100% à vista.”

Exemplos usuais incluem financiamento para entrar mais cedo quando o fluxo futuro cobre a conta com folga; consórcio para programar a compra com disciplina de aportes; e home equity quando há garantia real para viabilizar obra ou acelerar oportunidades.

Para mais informações, basta acessar: www.agee.com.br.

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