Como a advocacia pode acompanhar a execução penal no Brasil?

Como a advocacia pode acompanhar a execução penal no Brasil?

A superlotação carcerária voltou ao centro das discussões jurídicas. No segundo semestre de 2024, o Brasil registrou 909.067 pessoas privadas de liberdade, sendo 674.016 em celas físicas e 235.051 em prisão domiciliar, segundo dados oficiais. Em um sistema marcado por violações de direitos, cresce a necessidade de acompanhamento especializado na execução penal — etapa frequentemente esquecida após a sentença.

Quem está nessa situação, como é possível garantir que seus direitos estarão assegurados com o passar dos anos?
“Geralmente, o normal é contratar o pacote jurídico quando a pessoa ainda está respondendo à ação penal. Depois de ser presa, na grande maioria das vezes, ela fica sem advogado”, relata o criminalista Júlio Pires, da Julio Pires Sociedade Advocatícia.

Para ele, depender apenas da Defensoria Pública é arriscado, por isso o melhor éter um acompanhamento contínuo.: “A Defensoria é essencial, mas não tem pernas para acompanhar todo mundo”.

Modelo é inspirado no mercado
Seguindo a lógica de um plano de saúde, Pires propõe contratos de médio e longos prazos justamente para garantir que direitos como progressão de regime, trabalho, estudo, prisão domiciliar e pedidos de indulto não sejam negligenciados. “Se o cliente tiver direito a progredir de pena, é possível entrar com o pedido e o mesmo vale se a pessoa cumprir os requisitos para indulto, por exemplo.”

Outro ponto destacado é o papel das famílias, muitas vezes responsáveis pela contratação. Júlio é direto: familiares, como mãe, irmã e esposa, sempre querem respostas, que nem sempre é possível:

Hoje, às informações, muitas desencontradas, são oriundas de outros presos, pois não há essa preocupação em acompanhar tudo após o trânsito em julgado.

“O foco deve permanecer no apenado, ou seja, a pessoa que precisa da atenção na prisão.Mas são os familiares do lado de fora que precisam buscar esse serviço até mesmo para ajudar na redução da pena, quando for necessário.”

Júlio lembra que este tipo de iniciativa representa um começo de resgate da dignidade de quem errou e está pagando o preço- e ainda assim precisa de justiça:

“A execução penal não pode ser tratada como o fim da linha. Ela é a chance de reconstrução, mas no escuro, em uma cela e sem ajuda profissional, essa recuperação será cada vez mais complicada” conclui Pires.

Serviço: Júlio Pires Sociedade Advocatícia

Dr. Júlio César Pires – Advogado Criminal – OAB/PR 68179
(41) 3408-3470
advocaciajpires@gmail.com

https://advogadocriminalpr.com.br/
R. Padre Anchieta, 2204 – Bigorrilho, Curitiba/PR.

Verônica Pacheco

Verônica Pacheco, e há 20 anos passeia entre TVs e rádios em seu trabalho como assessora de imprensa, é jornalista (MTB 4756 PR) formada pelas salas da Universidade Tuiuti do Paraná, desde 2002. Graduada também em história e pós-graduada em sociologia política pela Universidade Federal do Paraná, Verônica é uma pessoa que nunca deixou de buscar conhecimento e aprimoramento em sua carreira profissional. Criadora da agência de assessoria de imprensa @agenciatodacomunicacao, Verônica, desde o seu segundo ano de faculdade, atendeu, com o seu negócio primogênito, centenas de clientes das mais variadas regiões do Brasil e do Mundo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *