Henrique Pinto gosta apenas da árvore como lenha para churrasco?

Henrique Pinto gosta apenas da árvore como lenha para churrasco?

Maringá assiste, perplexa e indignada, à forma como a Sociedade Rural de Maringá (SRM) trata o patrimônio ambiental da cidade. A cena da retroescavadeira neste sábado 11/10/2025 destruindo dezenas de árvores no Parque Internacional de Exposições (que, vale lembrar, é um bem público sob concessão) não é uma reforma; é um ato de devastação, uma afronta à nossa identidade de “Cidade Verde”.

A gestão da SRM parece operar sob uma lógica arcaica e predatória, onde o verde é visto como obstáculo, e não como um ativo essencial. A retirada em massa dessas árvores sob o pretexto de uma “nova gestão que vem com tudo”, é a prova cabal de que a entidade está pondo a conveniência e o interesse privado acima da saúde pública e do equilíbrio ambiental.

Os cidadãos que passam em frente à SRM estão revoltados. A indignação não é gratuita. Ela nasce da percepção de que essas árvores, que forneciam sombra vital em uma cidade escaldante, foram sacrificadas sem uma suposta justificativa. Nossa reportagem tentou contato com o presidente da Sociedade Rural de Maringá, Henrique Pinto, mas ele não atendeu às ligações. O silêncio da diretoria apenas reforça a preocupação de que a gestão adote posturas insensíveis ao meio ambiente, remetendo a declarações passadas de Pinto, quando supostamente afirmou gostar de “animal só para comer”. Será que das árvores ele só gosta da lenha para fazer churrasco?

Em Maringá, o corte de árvores não é um ato trivial:

  • O crime: Para essa chacina ambiental ser legal, a SRM teria que ter apresentado um laudo técnico robusto e uma autorização inequívoca dos órgãos ambientais municipais, como a Sema/IAM. Onde estão esses documentos? Exigimos que sejam imediatamente tornados públicos.
  • O Dano Urbano: As árvores derrubadas são escudos naturais contra a poluição e ilhas de frescor. Derrubá-las é aumentar o calor, piorar a qualidade do ar e negligenciar a drenagem pluvial do parque. O que a SRM oferece em troca da sombra e da vida que tirou?
  • A Falta de Ética: Administrar um parque de exposições público exige responsabilidade cívica e ambiental. A atitude demonstra descaso e uma mentalidade que visa o curto prazo, ignorando o legado ambiental para as futuras gerações.

A Sociedade Rural tem a obrigação moral e legal de parar a motosserra, apresentar os documentos que supostamente endossam essa barbárie e detalhar o plano de compensação. Se não o fizer, a nova gestão estará marcada não pela inovação, mas sim pela destruição do patrimônio verde de Maringá. O Ministério Público e os órgãos de fiscalização precisam intervir imediatamente. A lenha do churrasco da conveniência não pode valer mais do que a vida de Maringá.

Redação O Diário de Maringá

Redação O Diário de Maringá

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