Chega de política de rótulos, queremos compromisso, não aparência

Chega de política de rótulos, queremos compromisso, não aparência

O Brasil cansou da política de rótulos. Eleitores votam em candidatos por serem do agronegócio, empresários, professores, mulheres, gays ou lésbicas. Depois se queixam quando esses políticos defendem grupos ou interesses específicos. Mas foi exatamente isso que escolheram ao votar: não pessoas comprometidas com o bem coletivo, mas representantes de um segmento, de uma categoria, de uma bolha.

Essa política de rótulos cria um ciclo perigoso: eleitores querem “alguém como eu”, mas ignoram que governar é olhar para todos, não apenas para quem se parece com você ou compartilha seus interesses. O resultado é um país cheio de promessas vazias, alianças de conveniência e projetos que beneficiam poucos, enquanto milhões continuam esquecidos.

Política não é sobre identidade, gênero, orientação sexual ou classe social. É sobre capacidade, integridade, visão e compromisso com todos. Quem se limita a olhar para rótulos ignora o que realmente importa: cidadãos que pagam impostos, trabalham, estudam, criam filhos, envelhecem e precisam de serviços públicos eficientes. Todos merecem atenção, todos merecem políticas públicas reais, e não favores para grupos específicos.

Se continuarmos a eleger políticos por aparências ou por afinidade de grupo, continuaremos condenados ao mesmo ciclo de frustração. Precisamos de pessoas que assumam compromissos claros com a sociedade, que defendam direitos universais, que tenham coragem de ir além das bolhas e que governem sem preconceitos.

O Brasil não precisa de mais discursos vazios ou de representatividade apenas no papel. Precisa de políticos que entendam que servir ao povo é priorizar o bem de todos, transformar promessas em ações concretas e combater privilégios que perpetuam desigualdades. Quem olha apenas para rótulos está ignorando o essencial: a política existe para pessoas, não para categorias.

Chegou a hora de eleitores e políticos assumirem suas responsabilidades. Chega de escolhas superficiais, chega de representatividade vazia. É hora de compromisso, ação e respeito real à diversidade do país. Quem não entender isso está fadado a repetir os mesmos erros, enquanto o Brasil continua sendo governado por aparências e não por quem realmente se importa com a vida das pessoas.

Redação O Diário de Maringá

Redação O Diário de Maringá

Notícias de Maringá e região em primeira mão com responsabilidade e ética

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *