O silêncio de Ratinho Júnior fala mais alto que qualquer discurso

O silêncio de Ratinho Júnior fala mais alto que qualquer discurso

Enquanto o Paraná celebra os professores, o governador Ratinho Júnior permanece em silêncio, evitando enfrentar a defasagem salarial e o diálogo com a categoria.

Hoje, 15 de outubro, o Brasil celebra o Dia dos Professores, uma data que deveria ser marcada por reconhecimento, respeito e valorização de quem forma todas as outras profissões. Mas no Paraná, o dia amanheceu sob um silêncio ensurdecedor. Até o momento, o governador Ratinho Júnior, pré-candidato à Presidência da República, não fez qualquer menção à data em suas redes sociais. Coincidência? Dificilmente.

É difícil imaginar que um político tão atento à comunicação, cercado por equipes de marketing e redes ativas em todas as plataformas, simplesmente “tenha esquecido” o Dia dos Professores. O silêncio parece estratégico e, ao mesmo tempo, revelador. Falar sobre professores exigiria encarar o espelho e admitir o que o governo tenta esconder debaixo do tapete: mais de 40% de defasagem salarial acumulada pelos servidores da educação.

Falar sobre educação seria abrir espaço para que o sindicato dos professores, um dos mais organizados e combativos do Estado, lembrasse em voz alta aquilo que Ratinho tenta calar a falta de diálogo, a precarização e o desrespeito com a categoria. O governador, que gosta de posar de gestor moderno, parece ainda preso a uma lógica antiga: evitar o confronto com quem pensa, questiona e cobra resultados. Ratinho Júnior pode discursar sobre inovação, tecnologia e futuro, mas quando o assunto é valorização dos profissionais da educação, o governo prefere o mutismo político, como se o silêncio resolvesse o que a omissão agrava.

Em tempos em que o país discute qual tipo de liderança queremos para o futuro, o comportamento do governador é simbólico. Quem aspira governar o Brasil, mas foge do diálogo com professores, demonstra não apenas falta de empatia, mas também falta de coragem. O Dia dos Professores deveria ser o momento de reconhecer o papel transformador da educação. No Paraná, virou o retrato de um governo que prefere calar do que enfrentar a verdade.

Porque, no fim das contas, quem tem medo de professores, tem medo do conhecimento.

Redação O Diário de Maringá

Redação O Diário de Maringá

Notícias de Maringá e região em primeira mão com responsabilidade e ética

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *