Superintendente do governo Ratinho Junior é condenada a 10 anos por peculato e lavagem de dinheiro
A recente condenação da superintendente-geral de Desenvolvimento Econômico e Social do governo Ratinho Junior, Keli Cristina de Souza Gali Guimarães, a 10 anos e 10 meses de prisão em regime inicial fechado, traz à tona um alerta sobre a necessidade de transparência e responsabilidade na gestão pública. A decisão, assinada em 9 de outubro pelo juiz federal Guilherme Roman Borges, refere-se a crimes de peculato e lavagem de dinheiro relacionados a um caso que tramita há mais de uma década.
O processo envolve o Instituto Confiancce, uma Oscip investigada na Operação Fidúcia, deflagrada pela Polícia Federal em 2015. Embora a defesa de Keli tenha anunciado que haverá recurso e que a sentença ainda não produz efeitos práticos imediatos, o episódio evidencia que os órgãos de controle e a Justiça continuam monitorando práticas irregulares, independentemente do tempo decorrido.
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O governo do Paraná, por meio de nota, buscou separar os fatos antigos do desempenho atual da superintendente, afirmando que “os fatos apontados na sentença são antigos e não têm relação com o trabalho atual dela”. No entanto, a sociedade merece atenção redobrada: cargos de alta relevância exigem histórico irrepreensível e confiança pública.
A condenação também serve como lembrete de que irregularidades, mesmo de anos atrás, podem atingir a credibilidade das instituições e gerar impactos na administração atual. Mais do que defender ou absolver, é preciso reforçar mecanismos de fiscalização e assegurar que erros do passado não comprometam o presente e o futuro da gestão pública.
A responsabilidade, afinal, é o alicerce que sustenta qualquer governo que pretenda ser sério e eficaz.
