Agro em transformação: tecnologias devem redefinir o campo

Agro em transformação: tecnologias devem redefinir o campo

Durante a Convenção de Vendas 2025 do Essere Group, o diretor de Marketing/P&D e Novos Negócios, Luiz Fernando Schmitt, apresentou uma análise sobre as principais transformações tecnológicas que vêm impactando o setor. Ele destacou o papel crescente da inteligência artificial, a adoção de práticas agrícolas sustentáveis e as mudanças no comportamento do consumidor.

Schmitt ressaltou que, para os agricultores, os relacionamentos com fornecedores e parceiros se apoiam em dois fatores principais: confiança (valorizada por 82%) e proximidade (por 57%). “Os agricultores valorizam parceiros que entendem seu cultivo, mostram vantagens e desvantagens de seus produtos e estabelecem relações transparentes. Também valorizam a proximidade com os fornecedores e clientes. Entender as necessidades específicas da produção e entregar exatamente o que foi prometido são fatores essenciais para construir relacionamentos duradouros. O agricultor brasileiro não busca apenas produtos, mas soluções completas e parceiros confiáveis que entendam as particularidades de sua operação e região”, afirmou o executivo.

Entre as tendências tecnológicas mencionadas, Schmitt destacou algumas das principais tendências que devem marcar o agronegócio mundial nos próximos anos. Entre elas, o uso da Internet das Coisas (IoT), com sensores e dispositivos conectados capazes de gerar dados em tempo real para o manejo de lavouras e rebanhos. Outro avanço é o das Smart Machines — máquinas autônomas e inteligentes que executam tarefas com precisão, reduzem falhas e aumentam a eficiência no campo.

O diretor também citou o uso crescente de softwares de otimização, que apoiam a tomada de decisão nas diferentes etapas da produção, e de drones, empregados no monitoramento de áreas agrícolas, aplicação de insumos e identificação de pragas.

Na agenda da sustentabilidade, ele também apontou como tendências tecnologias de irrigação inteligente e gestão hídrica, que ajudam a reduzir o desperdício de água e a conservar recursos naturais. Nesse mesmo caminho, os produtos eco-friendly, como bioinsumos e práticas agrícolas de baixo impacto ambiental, vêm crescendo como alternativa para uma produção mais responsável.

Entre os avanços biotecnológicos, Schmitt citou ainda a tecnologia dos minicromossomos, que possibilita o aprimoramento genético das culturas, aumenta a resistência a doenças e contribui para ganhos de produtividade.

Schmitt enfatizou ainda o papel da conectividade como elemento central para a agricultura moderna. “A maior acessibilidade à internet, junto com equipamentos mais conectados, transforma a forma como os produtores gerenciam suas operações. A chegada do 4G e 5G ao campo favorece a agricultura de precisão e a tomada de decisões em tempo real”, explicou.

Em sua análise sobre as tecnologias que irão transformar a agricultura, Schmitt exemplificou a expansão dos produtos biológicos e o avanço dos microbianos, além da nova fronteira aberta pelos peptídeos e pela tecnologia RNAi, que permite maior precisão molecular no manejo agrícola.  Ele também mencionou o potencial das soluções híbridas, que combinam biológicos e químicos, e a consolidação da agricultura digital.

DINO