Projeto que estimula o uso sustentável de aparas de lápis em escolas é apresentado na Câmara
Baseado nos princípios da sustentabilidade e da educação ambiental, o vereador e professor José Carlos Pacífico (Novo) apresentou, na Câmara de Maringá, o Projeto de Lei nº 17.790/2025, que institui o Programa de Reaproveitamento de Aparas de Lápis para hortas comunitárias e escolares.
A proposta tem como objetivo coletar os resíduos gerados pelo processo de apontamento de lápis, compostos por fragmentos de madeira, grafite e tinta, no âmbito das escolas da rede municipal de ensino, para serem utilizados como insumo orgânico nas hortas pedagógicas.
Entre os objetivos do Programa estão:
I – estimular a educação ambiental e a consciência ecológica entre os estudantes;
II – promover o correto reaproveitamento de resíduos gerados no ambiente escolar;
III – contribuir para a sustentabilidade das hortas comunitárias e escolares;
IV – incentivar a participação da comunidade escolar em ações coletivas de preservação ambiental.
De acordo com o texto, as escolas municipais deverão disponibilizar recipientes específicos para a coleta das aparas, orientar alunos e servidores sobre a separação correta do material e encaminhar, periodicamente, o conteúdo recolhido para hortas comunitárias, escolares ou outros projetos socioambientais reconhecidos pelo Poder Público.
Segundo o autor, a ideia surgiu da convivência com alunos da APAE de Maringá, que propuseram o uso das aparas nas hortas da instituição.
“O lápis em si é madeira, mas fiquei preocupado com a tinta e decidi pesquisar. Descobri que ela não era tóxica, porque é feita para crianças. A partir daí, passamos a distribuir essas aparas, a cada três meses, nas hortas da instituição. Além disso, percebemos que a cor clara das aparas afugenta insetos. Então, além de adubar, funciona como um repelente natural”, explicou o vereador.
A experiência bem-sucedida com os estudantes da APAE inspirou Pacífico a ampliar a iniciativa, transformando-a em uma atividade pedagógica para alunos de creches e escolas municipais.
O projeto também prevê que o Poder Executivo poderá firmar parcerias com associações de moradores, cooperativas, universidades, organizações não governamentais e demais entidades da sociedade civil para a execução do Programa.
A Câmara de Maringá segue analisando propostas que incentivam práticas sustentáveis e promovem a educação ambiental no município, reforçando seu compromisso com políticas públicas voltadas à formação cidadã e à preservação do meio ambiente.


