Enquanto Ratinho envia forças para o Rio, o próprio Paraná é porta aberta para o crime

Enquanto Ratinho envia forças para o Rio, o próprio Paraná é porta aberta para o crime

O governador do Paraná, Ratinho Junior, anunciou que coloca à disposição do Rio de Janeiro as forças de segurança do Estado. A medida, à primeira vista, parece uma demonstração de solidariedade, mas revela um grave erro estratégico. É preciso lembrar que boa parte das drogas e armas que chegam ao Rio entra no Brasil pelas fronteiras do Paraná. Nosso Estado é uma rota chave do tráfico internacional, utilizada para abastecer grandes centros urbanos e até portos para exportação para Europa e Ásia.

Ao enviar suas forças para outro Estado, Ratinho Junior ignora que os criminosos burlam a fiscalização na fronteira, transportando drogas e armas sem serem interceptados. Em vez de reforçar a segurança própria, o Paraná passa a enviar seu principal recurso para apagar incêndio em outro lugar, enquanto o problema cresce em casa.

A verdade é clara: antes de oferecer ajuda a terceiros, o governador deveria garantir que as forças de segurança do Paraná tenham condições reais de combater o crime, com mais equipamentos, pessoal e presença nas rotas estratégicas do tráfico. Somente com um Estado seguro é possível impactar verdadeiramente o combate ao crime organizado no restante do país, inclusive no Rio de Janeiro.

Ratinho Junior quer aparecer como salvador, mas enquanto isso, quem paga o preço é o Paraná e, indiretamente, todo o Brasil. Segurança pública não se transfere, se constrói.

O governador Ratinho Junior pode até se vangloriar das apreensões de drogas no Paraná, mas ninguém fala que isso acontece porque o estado é a principal rota de tráfico de armas e drogas do país.

Redação O Diário de Maringá

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