Henrique Pinto, presidente da SRM de Maringá, tem muito que aprender com Mário Hélio Lourenço de Almeida Filho, presidente da Sociedade Rural do Noroeste do Paraná?
Enquanto a SRM precisa de recursos externos para instalar bebedouros, em Paranavaí a entrada do rodeio e dos shows é gratuita
A Sociedade Rural do Noroeste do Paraná mostrou que é possível unir tradição, agronegócio e responsabilidade social. A ExpoParanavaí 2025 abriu os portões ao público com entrada gratuita em todos os dias do evento, uma decisão corajosa e inteligente que valorizou o cidadão e fortaleceu o vínculo da feira com a comunidade.

Enquanto isso, em Maringá, a Sociedade Rural (SRM) continua tratando a Expoingá como um evento fortemente dependente de recursos públicos e da cobrança de ingressos para o acesso do público. A comparação entre as duas feiras levanta uma pergunta inevitável: se Paranavaí conseguiu realizar uma grande festa sem cobrar entrada, por que Maringá, uma cidade com maior estrutura e poder econômico, não consegue seguir o mesmo caminho?
A resposta parece estar menos nas dificuldades financeiras e mais na visão de gestão. A SRNP buscou parcerias, patrocinadores e uma nova relação com a sociedade, entendendo que a feira é, antes de tudo, um patrimônio coletivo. Já a SRM continua presa ao modelo antigo, que privilegia poucos e afasta muitos.
Henrique Pinto, presidente da SRM de Maringá, tem muito que aprender com Mário Hélio Lourenço de Almeida Filho, presidente da Sociedade Rural do Noroeste do Paraná, que demonstrou habilidade para organizar um grande evento, incluir a população e fortalecer o agronegócio regional.
A ExpoParanavaí 2025 mostrou que o sucesso de um evento rural não se mede apenas pelo lucro, mas também pela capacidade de incluir, atrair famílias e aproximar o campo da cidade. Os shows de Brenno e Matheus, Lauana Prado, Daniel, Jads e Jadson e Mumuzinho atraíram multidões, comprovando que o público responde com entusiasmo quando se sente parte do evento.
Talvez seja hora de a SRM aprender com o exemplo vizinho e entender que o orgulho que Maringá tem da Expoingá precisa ser recíproco. Uma feira feita para todos é o verdadeiro retrato de uma cidade moderna, acolhedora e próspera.


