Práticas sustentáveis deixam de ser opção e multas aumentam
As empresas no Brasil e no mundo enfrentam um cenário de crescente rigor na fiscalização de suas operações, com destaque para as normas e regulações de emissões de poluentes e gases de efeito estufa (GEE). O tema, que antes era tratado com menor atenção, agora figura entre as prioridades das agendas corporativas, impulsionado por metas globais e pela intensificação das punições para quem descumprir as regras.
De acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), o Brasil emitiu 2,2 bilhões de toneladas de GEE em 2019, sendo que o setor de energia respondeu por 19% dessas emissões. Globalmente, segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), a indústria é responsável por cerca de 21% das emissões globais de CO₂, reforçando a relevância do setor no cumprimento das metas climáticas.
O Acordo de Paris, assinado em 2015, estabeleceu um marco para a cooperação internacional na luta contra as mudanças climáticas, definindo a meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Para alcançar esse objetivo, os países signatários, incluindo o Brasil, se comprometeram a adotar políticas e medidas para reduzir suas emissões.
O endurecimento da legislação ambiental no Brasil, com a aplicação de multas que podem chegar a milhões de reais por aqui ou bilhões no exterior, é uma das consequências diretas desse movimento. Conforme o artigo 60 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), a simples operação de um empreendimento ou atividade potencialmente poluidora sem licença ambiental pode levar à detenção e multa. Em casos mais graves, o descumprimento reiterado das normas pode resultar no embargo da atividade, no fechamento da fábrica e na responsabilização criminal de diretores e executivos.
Para mitigar esses riscos, a indústria tem buscado soluções tecnológicas para a redução, gestão e monitoramento de emissões. Tecnologias que capturam poluentes e ferramentas que automatizam a coleta de dados, identificando pontos de melhoria nos processos de produção, são consideradas essenciais para garantir a conformidade com as exigências legais.
Um exemplo desse tipo de solução é a oferecida pela GLR Tech, que desenvolveu um filtro capaz de auxiliar empresas a se manterem em conformidade, mitigando riscos de penalidades e contribuindo para a sustentabilidade. A tecnologia atua "lavando" gases como óxidos de nitrogênio (NOx), monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO₂), dióxido de enxofre (SO₂), material particulado e metais pesados oriundos da combustão.
Ao capturar NOx e SO₂, a tecnologia reduz a formação de chuva ácida, um fenômeno prejudicial para solos, oceanos, rios e lagos. A eficácia dessa solução foi reconhecida internacionalmente, quando a GLR Tech conquistou o segundo lugar no prêmio BRICS de Economia Circular, entre mais de 400 empresas de inovação.
"Este filtro, que pode ser aplicado tanto em chaminés de indústrias quanto em frotas de veículos — como navios, locomotivas, caminhões e ônibus —, representa um avanço na busca por soluções para a mitigação de poluentes e se alinha às discussões globais sobre a descarbonização da indústria", afirma Felipe Burman, CEO da GLR Tech.
Especialistas em regulação ambiental alertam que a transição para uma economia de baixo carbono exige ações concretas por parte do setor industrial. O não cumprimento das normas e a falta de investimento em tecnologias limpas podem gerar prejuízos financeiros e reputacionais significativos. Por outro lado, a busca pela conformidade legal pode posicionar as empresas como líderes em responsabilidade ambiental, além de abrir portas para novas oportunidades de negócios e acesso a mercados internacionais.
"A adoção de práticas sustentáveis deixou de ser apenas uma questão de imagem e passou a ser uma exigência legal e de sobrevivência no mercado global. Nossa missão na GLR Tech é oferecer tecnologias que auxiliem empresas a atenderem às normas, reduzirem custos e contribuírem para um futuro mais limpo, rentável e sustentável".


