Presidente da ABRAVA, Chorão, critica uso político de caminhoneiros e pede responsabilidade da categoria
. O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (ABRAVA), Chorão, um dos principais articuladores da greve dos caminhoneiros de 2018, divulgou um pronunciamento nesta segunda-feira para esclarecer sua posição sobre os recentes movimentos de paralisação no transporte rodoviário de cargas.
Em mensagem dirigida à categoria e à população, Chorão confirmou ter participado de uma reunião que circula em grupos de WhatsApp, mas repudiou pedidos de contribuição via Pix associados ao encontro. Ele afirmou que seu nome consta na lista que viralizou, mas reforçou que não concorda com este tipo de cobrança.
Programa de pavimentação do Governo do Estado ultrapassada a marca de R$1 bilhão investidos
Segundo o dirigente, a situação dos transportadores autônomos continua crítica. Há uma expectativa importante no setor sobre as definições relacionadas ao excesso de peso (ESCALOG). Uma reunião realizada no dia 27 discutiu o recálculo da tabela, e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deve publicar uma decisão no Diário Oficial até 2 de dezembro. Chorão também informou que esteve na Casa Civil na última semana apresentando a pauta, que é uma demanda antiga desde 2015.
Simepar: após chuvas do início da semana, tempo volta a ficar estável a partir de quarta-feira
O presidente da ABRAVA criticou a tentativa de grupos políticos de utilizarem os caminhoneiros em paralisações motivadas por interesses partidários. Ele questionou se empresários, indústrias, o agronegócio ou até motoristas de aplicativo parariam suas atividades para defender políticos, afirmando que sempre atuará em defesa do transporte, e não de bandeiras partidárias.
Chorão reforçou que os caminhoneiros têm o direito de reivindicar, mas alertou que a categoria precisa agir com responsabilidade, já que o setor movimenta a economia do país. Ele afirmou que muitos movimentos acabam se transformando em instrumentos políticos e que isso precisa ser interrompido. Para ele, quem estiver descontente deve ir às ruas por conta própria, sem arrastar o transporte rodoviário como massa de manobra.
O dirigente concluiu afirmando que seguirá defendendo os transportadores autônomos, mas sem permitir que a categoria seja utilizada para fins políticos.


