Irmão do deputado Adriano José, acusado de suposto assédio, pode ganhar novo cargo de Ratinho Junior?

Irmão do deputado Adriano José, acusado de suposto assédio, pode ganhar novo cargo de Ratinho Junior?

A exoneração de Wanderson Carlos da Silva, irmão do deputado estadual Adriano José, após denúncias de assédio moral contra a servidora Meire Gabriel, expôs um contraste importante na política local. De um lado está a postura firme do prefeito Silvio Barros. De outro, o silêncio conveniente de setores que evitam tratar do tema com a transparência necessária.

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Durante reunião interna, Silvio Barros foi direto ao afirmar que não aceita assédio moral na gestão. A mensagem foi clara e pública, deixando evidente que comportamento abusivo não será tolerado na prefeitura, independentemente do sobrenome, do cargo ou das alianças políticas. Após esse posicionamento, Wanderson pediu exoneração do cargo.

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A atitude do prefeito, correta e necessária, mostra que há limites que precisam ser respeitados dentro da administração pública. No entanto, a forma como parte da classe política reagiu, ou deixou de reagir, revela outro problema: a seletividade moral. Quando o acusado é de um grupo político adversário, a indignação costuma ser imediata e ruidosa. Quando é alguém ligado ao campo conservador, o tratamento muda. As vozes que normalmente bradam por ética preferem conservar o silêncio.

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Mesmo após o episódio, permanece a pergunta incômoda: será que Wanderson tentará novamente garantir uma “boquinha” no governo Ratinho Junior? O histórico mostra que ele tem trânsito fácil entre cargos públicos, sempre amparado por fortes relações políticas. A exoneração pode não representar um ponto final, mas apenas uma mudança de endereço.

Enquanto isso, servidores como Meire Gabriel enfrentam uma realidade que muitos tentam ignorar. O assédio moral existe, prejudica, afasta profissionais e não desaparece com comunicados suaves ou manobras de bastidor. Foi preciso que a vítima se demitisse e denunciasse para que o tema viesse à tona.

A postura do prefeito Silvio Barros merece destaque justamente por contrastar com a conduta de outros que preferem fingir que nada aconteceu. Sua firmeza sinaliza que o respeito no ambiente público não é opcional. Mas o caso também reforça que a sociedade precisa estar atenta. Valores éticos não podem valer mais para uns e menos para outros.

Se o assédio moral é inaceitável, e é, deve ser combatido com a mesma rigorosidade, independentemente do partido, da ideologia ou do sobrenome do acusado.

Redação O Diário de Maringá

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