Mais uma derrota para Sergio Moro: articulação fracassa e candidatura desmorona dentro da federação

Mais uma derrota para Sergio Moro: articulação fracassa e candidatura desmorona dentro da federação

A semana começa difícil para Sergio Moro: primeiro, a denúncia de agressão contra uma ex-juíza; depois, a indefinição partidária para disputar o Palácio Iguaçu; e agora, a perda do apoio da federação.

A crise política envolvendo o senador Sergio Moro ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira, quando o Progressistas do Paraná decidiu, por unanimidade, não homologar sua pré-candidatura ao governo do Estado pela federação partidária. A decisão coloca em xeque o futuro eleitoral de Moro e simboliza mais um revés em sua trajetória política, marcada por sucessivas dificuldades de articulação.

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O anúncio foi feito pelo líder do partido no Paraná, deputado Ricardo Barros, que explicou que o senador teve tempo, espaço e oportunidade para dialogar, mas não conseguiu construir apoio interno. “Ele teve a oportunidade de conversar com todos e não conseguiu adesão aqui nas fileiras do Progressistas. Esse é o resultado de meses de trabalho. O diálogo não prosperou”, afirmou Ricardo Barros.

Questionado sobre o que faltou, Ricardo Barros explicou que as conversas aconteceram, mas a articulação não avançou. O senador Sergio Moro, segundo ele, não conseguiu reunir condições políticas para unir a federação em torno de seu nome.

Com essa decisão, Moro fica impossibilitado de registrar sua candidatura pelo grupo. Ricardo Barros avalia que o senador deve disputar o governo de qualquer forma, mas que, para isso, terá de buscar outro partido disposto a conceder-lhe legenda.

O presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira, esteve presente no diretório estadual e confirmou a decisão paranaense. “O partido no Paraná não irá homologar o nome do candidato Moro. Esse é nosso principal diretório, e a decisão foi unânime”, reforçou.

Apesar de destacar que a discussão ainda precisa passar pela federação nacional, Ciro admitiu que o Paraná é o último estado onde o tema permanece em aberto e que a posição local terá peso decisivo. Uma nova reunião envolvendo Ciro, Ricardo Barros, o presidente Rui e o próprio Moro ocorrerá nesta terça-feira.

Correndo o risco

A presidente estadual do Progressistas, deputada Maria Victória, também reforçou a unanimidade da decisão. “A paz política no Paraná deve prevalecer. A decisão foi unânime e foi confirmada pelo senador Ciro Nogueira”, disse.

Segundo ela, houve várias tentativas de diálogo com Moro, mas a parceria não foi possível de ser consolidada no estado.

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Com a negativa da federação, o Progressistas passa a avaliar nomes para a disputa ao governo do Paraná. Entre os cotados estão Cida Borghetti, Rafael Greca, Alexandre Curi e também Guto Silva, aliado do governador Ratinho Junior.

A decisão representa um duro golpe para Sergio Moro, que vinha tentando se firmar como candidato competitivo, mas acumulou resistências internas. O movimento é visto nos bastidores como mais uma derrota política do senador, um processo que críticos já apelidam de “desmoronamento”, em referência à dificuldade de construir alianças sólidas.

Agora, Moro enfrenta um cenário incerto. Sem apoio da federação, terá de buscar outro caminho se quiser entrar na disputa pelo governo do Paraná em 2026.

Redação O Diário de Maringá

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