Fake news sobre perda de seguidores de Patrícia Abravanel é desmentida
O lançamento do SBT News, na última sexta-feira (12/12), em São Paulo, deveria simbolizar um marco: a retomada do protagonismo jornalístico de uma das maiores emissoras do país. No entanto, o que se viu após o evento foi menos sobre jornalismo e mais sobre intolerância política travestida de “indignação digital”.
Patrícia Abravanel tornou-se alvo de uma onda de fake news simplesmente por cumprir um gesto institucional básico: receber autoridades da República. A presença do presidente Lula, da primeira-dama Janja, de ministros do Supremo Tribunal Federal e de integrantes do governo federal em um evento oficial de uma emissora de televisão não é novidade, tampouco sinaliza alinhamento ideológico. Trata-se de protocolo, respeito institucional e civilidade democrática, conceitos que parecem cada vez mais escassos no debate público brasileiro.
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Ainda assim, setores mais radicalizados da direita reagiram com fúria. Em poucas horas, passaram a circular notícias falsas afirmando que Patrícia Abravanel teria perdido cerca de 1 milhão de seguidores no Instagram como “retaliação” política. A narrativa, além de rasa, foi prontamente desmentida. O portal LeoDias apurou diretamente com a equipe digital da apresentadora e confirmou: a informação não procede.
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O episódio escancara um problema maior. Em tempos de polarização extrema, qualquer gesto institucional vira munição política. A lógica é simples e perigosa: se não agrada ao meu campo ideológico, deve ser atacado, mesmo que à custa da verdade. O jornalismo, nesse cenário, deixa de ser analisado pelo conteúdo e passa a ser julgado pela plateia que ocupa a primeira fila.
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Patrícia Abravanel não fez política. Fez televisão. Fez institucionalidade. Fez o que se espera de quem comanda uma emissora aberta, plural e nacional. Transformar isso em traição ideológica é não compreender, ou fingir não compreender, como funciona a democracia.
O SBT News nasce em um ambiente hostil à informação séria, onde fake news circulam com mais velocidade do que fatos. Talvez esse seja, paradoxalmente, o maior sinal de que o jornalismo profissional ainda incomoda. E se incomoda, é porque ainda importa.


