Incerteza sobre Moro muda o jogo no Paraná e levanta a pergunta: quem vai ao segundo turno com Requião Filho?
Nos últimos levantamentos eleitorais sobre a corrida pelo governo do Paraná em 2026, um dado se repete com consistência: o senador Sergio Moro (União Brasil) aparece na liderança das intenções de voto em praticamente todos os cenários testados pelos principais institutos.
Pesquisa do Paraná Pesquisas, realizada entre os dias 7 e 11 de novembro de 2025, mostra Moro na frente em todos os cenários estimulados, com índices que variam entre 42% e 47,5%, a depender dos nomes apresentados ao eleitor. Na mesma pesquisa, o deputado Requião Filho (PDT) surge de forma estável na segunda colocação, com percentuais entre 22% e 28%.
Levantamentos anteriores reforçam essa tendência. Em julho de 2025, Moro mantinha ampla vantagem na liderança, enquanto Requião Filho aparecia com índices na casa dos 16% a 17%, já então se destacando como o principal concorrente direto. Desde então, o pedetista cresceu, consolidou-se e abriu larga distância em relação aos demais pré-candidatos
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Ainda que números variem conforme metodologia, período e amostra, a tendência geral permanece clara:
Moro lidera, e Requião Filho está isolado na segunda posição, muito à frente de qualquer outro nome colocado nas pesquisas.
Mas é justamente nesse ponto que surge a principal interrogação do processo eleitoral.
Pesquisa eleitoral é, por definição, um retrato do momento político, não uma fotografia definitiva do futuro. E o momento atual traz um elemento novo e relevante: a incerteza em torno da candidatura de Sergio Moro. Embora filiado ao União Brasil, Moro enfrenta dificuldades reais para ter sua candidatura homologada dentro da federação PP–União Brasil, o que pode, na prática, inviabilizar sua presença na disputa majoritária em 2026.
Esse fator muda o eixo da análise.
Se Moro, que lidera com folga, não conseguir viabilizar sua candidatura, o cenário eleitoral entra automaticamente em uma nova fase. E diante dessa possibilidade, os números das pesquisas levantam uma pergunta inevitável:
quem irá para o segundo turno com Requião Filho?
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Os dados disponíveis indicam que Requião Filho não apenas ocupa a segunda colocação, mas o faz com vantagem expressiva e consistente sobre todos os demais pré-candidatos. Não há, até agora, nenhum outro nome que apareça tecnicamente competitivo para disputar esse espaço em igualdade de condições. O deputado do PDT surge, portanto, como o único nome consolidado fora da liderança, com base partidária definida, recall eleitoral e crescimento contínuo.
Assim, se por um lado Moro lidera as pesquisas, por outro sua indefinição jurídica e partidária lança dúvidas sobre sua presença na urna. Caso essa hipótese se confirme, o debate eleitoral deixa de ser “quem enfrenta Moro” e passa a ser outro, muito mais aberto e imprevisível.
Em síntese:
✔️ Moro lidera as pesquisas, mas enfrenta incertezas reais quanto à viabilidade da candidatura;
✔️ Requião Filho está consolidado, disparado na segunda colocação;
✔️ Nenhum outro nome aparece competitivo nas pesquisas até o momento;
✔️ Se Moro ficar fora da disputa, o segundo turno se torna uma incógnita.
Diante desse cenário, a eleição para o governo do Paraná deixa de ser uma corrida previsível e passa a carregar uma pergunta central, que hoje ainda não tem resposta clara:
quem, afinal, irá ao segundo turno com Requião Filho?


