Zolpidem? As alucinações de Zeze di Camargo ao atacar as filhas de Silvio Santos e distorcer a visita de Lula ao SBT
Zezé sem voz e sem memória? Declarações distorcem a história do SBT e expõem desconhecimento dos fatos
Tudo indica que Zeze di Camargo já pode começar a ensaiar uma desculpa clássica: algo sobre um comentário feito no calor do momento, talvez atribuído a um remédio forte ou a um lapso de memória. Isso porque sua recente declaração de que Silvio Santos jamais aceitaria a visita do presidente Lula ao SBT não resiste ao mais simples exercício de checagem dos fatos.
Insistir em Guto Silva pode abrir caminho para a derrota de Ratinho Junior e PSD
Não foi a primeira vez que Lula esteve no SBT, tampouco seria algo que contrariasse a história de Silvio Santos. Ao longo dos anos, Lula e Silvio se encontraram em diferentes ocasiões, tanto em visitas institucionais quanto em encontros mais informais. O fundador do SBT já esteve com Lula enquanto ele era presidente e também fora do cargo, em pelo menos uma ou duas oportunidades amplamente conhecidas. Silvio, aliás, sempre manteve uma postura pragmática diante do poder, dialogando com presidentes de diferentes espectros políticos, de Fernando Henrique Cardoso a Jair Bolsonaro.
Após frente fria, Paraná terá semana com chuvas irregulares e maior presença de sol
A tentativa de reescrever essa história para sustentar uma narrativa ideológica não apenas é equivocada, como revela desconhecimento do perfil empresarial e político de Silvio Santos. O comunicador nunca foi movido por radicalismos, mas por relações institucionais e pela defesa dos interesses de seu grupo.
Saiba vezes que Zezé di Camargo falou de política e criticou Lula
Mais grave, no entanto, foi a bola fora cometida por Zeze di Camargo ao envolver as filhas de Silvio Santos na polêmica. Ao sugerir que elas teriam tomado decisões que contrariariam a vontade do pai, o cantor extrapolou os limites do comentário político e entrou em um terreno desnecessário e injusto. As herdeiras do SBT atuam dentro de suas atribuições executivas e institucionais, e não há qualquer evidência de ruptura com a história ou os valores construídos por Silvio Santos ao longo de décadas.
O episódio expõe um problema recorrente no debate público atual: opiniões lançadas sem lastro nos fatos, amplificadas por convicções pessoais e embaladas como verdades absolutas. No fim, o que sobra é constrangimento e a sensação de que alguém falou mais do que sabia.
Se houve alucinação, não foi causada por remédio. Foi fruto da desinformação.
