Havaianas e Havan e a lição básica que o brasileiro insiste em ignorar

Havaianas e Havan e a lição básica que o brasileiro insiste em ignorar

Podemos ser de extrema direita ou de extrema esquerda. O que não podemos ser é de extrema burrice.
Transformar cada opinião, campanha publicitária ou posicionamento empresarial em motivo para boicote é o retrato de uma sociedade que perdeu o senso de proporção e, pior, a coerência.

Boicotar a Havaianas porque a marca disse que não é para entrar no ano com o pé direito, mas com os dois, chega a ser constrangedor. A empresa está no mercado há mais de seis décadas, gera milhares de empregos diretos e indiretos no Brasil, exporta para dezenas de países e mantém ações sociais e ambientais reconhecidas. Nada disso desaparece porque alguém resolveu enxergar provocação ideológica onde só existe uma mensagem simples de união e positividade.

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Do outro lado do espectro, boicotar a Havan apenas porque o dono é bolsonarista também não se sustenta. A empresa emprega milhares de trabalhadores, paga impostos, movimenta economias locais e atende consumidores de todas as correntes políticas. Reduzir tudo isso à preferência eleitoral do proprietário é tratar trabalhadores e clientes como danos colaterais de uma guerra ideológica infantil.

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Aqui está o ponto central. Quem diz defender a liberdade não pode praticar censura por conveniência. Liberdade de pensamento e de expressão só valem quando são universais, não quando servem apenas ao próprio lado. Empresas, artistas e cidadãos têm o direito de se manifestar dentro da normalidade democrática, desde que não propaguem fake news, discurso de ódio ou ilegalidades.

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O boicote irracional não é virtude moral. É preguiça intelectual.
É substituir argumento por ataque, diálogo por cancelamento, razão por torcida organizada.

Uma sociedade madura não mede tudo por régua ideológica. Mede por impacto real. Empregos, renda, responsabilidade social, respeito às leis e contribuição ao país. O resto é barulho.

Se queremos mesmo um Brasil mais livre, precisamos aceitar algo básico. Pessoas e empresas podem pensar diferente de nós. E isso, por si só, não é crime. É democracia.

Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

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