Mentiras perigosas: Cris Lauer e Ricardo Arruda espalham medo sobre vacina infantil!

Por mais que a ciência tenha vencido batalhas cruciais durante a pandemia, ainda há quem prefira ignorá-la em nome de agendas eleitorais. O encontro promovido pela vereadora Cris Lauer (NOVO) e pelo deputado estadual Ricardo Arruda (PL-PR) é um triste retrato disso: um evento que deveria promover o debate público foi, na prática, um palanque de desinformação sobre vacinas e tratamento precoce.
Arruda classificou vacinas como “veneno” e exaltou a ivermectina como se fosse cura milagrosa — tudo isso sem apresentar uma única evidência científica. A ivermectina, como já foi amplamente demonstrado por estudos sérios, não funciona contra a Covid-19. O próprio estudo TOGETHER, conduzido por cientistas brasileiros, e publicado na renomada New England Journal of Medicine, deixa isso claro. A Organização Mundial da Saúde, a Anvisa e o Conselho Federal de Medicina corroboram: não há base para seu uso fora de testes clínicos.
Do outro lado, temos as vacinas: seguras, eficazes, responsáveis por salvar centenas de milhares de vidas no Brasil. Dados do Ministério da Saúde e estudos da Fiocruz e da revista Nature Medicine confirmam que a imunização reduziu drasticamente hospitalizações e mortes — inclusive entre crianças. Efeitos adversos graves são raríssimos e nenhuma morte comprovadamente causada por vacina foi registrada entre o público infantil.
Portanto, qual o propósito de um evento assim? Certamente não é informar. O que se viu foi um uso político da desinformação, um ataque irresponsável à saúde pública e um desserviço à população. Quando representantes eleitos promovem discursos negacionistas, eles não apenas traem a ciência — traem o compromisso com a vida.
Desinformar em busca de votos é perigoso. Alimentar teorias conspiratórias com microfone institucional é irresponsável. Chamar vacina de veneno não é opinião — é um risco coletivo.
A sociedade merece líderes que respeitem a ciência, valorizem a verdade e compreendam a gravidade de suas palavras. Em saúde pública, a mentira mata. E não se pode fingir que não sabemos disso.
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