Entre Mounjaro e mensagens vazadas, quem perde peso é a influência de Alcolumbre
Se a ideia era perder uns quilos, o plano pode ter saído pela culatra. Depois do vazamento das mensagens que apontam que Beto Louco teria enviado Mounjaro ao senador Davi Alcolumbre, o que parece estar afinando mesmo é a musculatura política do senador.
Segundo reportagem do Diário do Centro do Mundo, Beto Louco, investigado por fraudes e lavagem de dinheiro e atualmente foragido, teria organizado a entrega do medicamento por meio de um motorista particular. As mensagens seriam de agosto de 2024, antes da liberação oficial de venda. Nada disso foi confirmado judicialmente e não existe qualquer prova formal de que o senador tenha solicitado, recebido ou usado o produto. Ainda assim, em Brasília a verdade costuma pesar menos do que o barulho.
O silêncio do Museu Paranaense sobre Dom Pedro II é injustificável
Alcolumbre diz que está sendo alvo de tentativas de desqualificação promovidas por setores do governo. Afirma que as acusações não correspondem à realidade e que tudo não passa de ataque político. Pode ser. Mas a essa altura o estrago já não depende só da versão correta, depende de quem está contando a história.
Maringá terá sexta-feira de calor intenso e umidade baixa; máxima chega a 34°C
O que deveria ser um episódio menor virou assunto nacional. Aliados ficam desconfortáveis, adversários esfregam as mãos e a imprensa enche o copo. O Mounjaro promete emagrecer, mas o vazamento promete desidratar. No Senado, qualquer gole mal servido vira tsunami.
No fim das contas, o caso serve para lembrar que perder peso é opcional, mas perder força é questão de minutos quando a narrativa escapa pela porta da frente. Em Brasília, emagrecimento é escolha, desidratação é consequência. Querendo ou não.


