Quando Itaipu deixa de ser apenas energia e passa a ser política de Estado
A gestão de Enio Verri à frente da Itaipu Binacional ajudou a romper um paradigma histórico: o de que a empresa existiria apenas para produzir energia. Na prática, ficou demonstrado que a segunda maior hidrelétrica do mundo pode e deve ser também um instrumento de desenvolvimento regional, capaz de apoiar municípios, fortalecer entidades e gerar impacto social concreto.
Desde o início, a mudança de postura incomodou. Houve resistência, ciúmes políticos e críticas vindas de grupos que já passaram pela direção da Itaipu e que, infelizmente, não tiveram a mesma visão estratégica. A reação era previsível, pois quando uma instituição passa a funcionar de forma mais ampla e eficiente, os contrastes com gestões anteriores tornam-se inevitáveis.
Também houve preconceito político. Enio Verri, então deputado federal reeleito, foi questionado por deixar o mandato para assumir a Itaipu. A dúvida recorrente era se o Paraná perderia um parlamentar atuante. O tempo tratou de responder. Pelo contrário, ao assumir a direção da binacional, Verri passou a contar com estrutura, projetos e capacidade de execução que ampliaram, de forma concreta, o atendimento às demandas dos municípios.
Os resultados estão postos. Prefeituras e entidades do Paraná e de mais de 40 municípios do Mato Grosso do Sul foram contempladas por projetos, independentemente de alinhamento ideológico. Gestores de direita, de esquerda e dirigentes identificados com o bolsonarismo foram atendidos da mesma forma. Esse dado, por si só, desmonta a narrativa de partidarização e reforça o caráter institucional da gestão.
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O que se viu foi uma política de Estado, não de partido. A Itaipu tornou-se mais eficiente, mais próxima das cidades e mais comprometida com o interesse público. Energia continuou sendo sua missão central, mas não a única. A empresa passou a exercer um papel estratégico no desenvolvimento regional, algo que sempre esteve ao seu alcance, mas raramente foi plenamente explorado.
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Esse histórico ajuda a entender o cenário que se desenha para 2026. Com duas vagas ao Senado em disputa no Paraná, será natural que prefeitos de diferentes partidos olhem para quem já demonstrou, na prática, capacidade de gestão, diálogo e entrega de resultados. Apoios, nesse contexto, não surgem como favor ou cobrança, mas como consequência política de uma atuação reconhecida.
Enio Verri mostrou que é possível fazer mais com a Itaipu, sem sectarismo e sem exclusões. Se essa experiência se refletir nas urnas, não será por ideologia, mas por pragmatismo, pela compreensão de que o Estado funciona melhor quando interesses públicos se sobrepõem às disputas partidárias.


