Projeto de despoluição do Lago Igapó vence 2º Smart Cities Hackathon
Estudantes do 9° ano ganham mentorias e capacitação do Senai para implementar iniciativa
Os alunos Gustavo Campos e Sofia Gastaldim, do 9° ano do Ensino Fundamental – Anos Finais, do Colégio Positivo – Londrina, foram os vencedores do 2º Smart Cities Hackathon, edição Turismo Inteligente, no Festival Internacional de Inovação de Londrina. A maratona reuniu 80 participantes de diversas instituições de ensino da cidade, formadas em 23 equipes, sendo 20 delas compostas por estudantes universitários.
O projeto, intitulado Ecoflut Garden, consiste em uma solução sustentável para despoluir o Lago Igapó. “Pensamos em um módulo de um metro quadrado que envolve dupla filtração. A ideia foi inspirada em um problema enfrentado neste ano no Lago, que é um cartão postal de Londrina, mas que pode ser replicado em outros locais da cidade e do mundo”, explica Sofia.
Com a mentoria dos professores biólogos Juliana Coppi e João Danillo Soares, os alunos desenvolveram a iniciativa na Pré-Incubadora do Colégio Positivo – Londrina, em parceria com o Sebrae/PR, e já os levou à final estadual do Desafio Liga Jovem. Com a conquista, a equipe recebeu incubação e aceleração em diversos ambientes — como UEL, IBM, e PUC —, mentorias e trilhas de capacitação no Hub de Inovação de Turismo e no Hub de Inovação do Senai, além de uma premiação em dinheiro de R$ 3 mil.
“O Lago Igapó é um patrimônio da nossa cidade. Cuidar dele é cuidar de Londrina. Com o Ecoflut Garden, queremos mostrar que pequenas ideias podem gerar grandes transformações”, destacam os estudantes.
A maratona foi idealizada pelas governanças do Londrina Inteligente e do Turismo Londrina, com realização do Sebrae/PR, Visite Londrina Convention Bureau, Hub de Inovação do Turismo, Crea-PR e Anpea.
Sobre o projeto
A proposta consiste em criar estruturas flutuantes sustentáveis, feitas com materiais de baixo custo, como madeira ou garrafas plásticas reutilizadas. Sobre essa base, os alunos projetaram um sistema de biofiltração em camadas, composto por brita, areia, carvão ativado e plantas aquáticas, como aguapé, caniço e alface-d’água.
Cada camada desempenha um papel importante no processo de limpeza da água. A brita retém partículas maiores e abriga microrganismos benéficos; a areia realiza a filtragem fina e reduz a turbidez; o carvão absorve poluentes dissolvidos e toxinas, e as plantas aquáticas completam o processo, absorvendo nutrientes e poluentes diretamente da água.
O resultado é um ciclo natural e contínuo de purificação, que melhora a qualidade da água, elimina odores e devolve a vitalidade ao ambiente. Além do impacto ambiental, o sistema inclui sensores para medir o pH, temperatura e oxigenação, permitindo acompanhar os resultados em tempo real e ampliar o potencial científico do projeto.
Inovação que nasce na escola
O Ecoflut Garden é um dos projetos desenvolvidos dentro da Pré-Incubadora de Ideias do Colégio Positivo – Londrina, ambiente de criação e experimentação que transforma problemas reais em soluções com impacto social, ambiental e educacional.
O espaço permite que os alunos vivenciem todas as etapas do processo de inovação e da ideação e diagnóstico à prototipagem e validação, passando por apresentações a bancas avaliadoras. Atualmente, o colégio é a única escola privada do Paraná credenciada pelo Sistema Estadual de Ambientes Promotores de Inovação (Separtec), o que reforça seu compromisso com o protagonismo estudantil e a educação empreendedora.
“A ideia dos jardins flutuantes é sustentável, bonita e acessível. Pode ser aplicada em diferentes contextos e escalas, contribuindo para a recuperação de lagos e rios no mundo todo”, finalizam os estudantes.


