102 pesquisadores da UEM figuram entre melhores da América Latina
Demonstrando a qualidade da ciência produzida na Universidade Estadual de Maringá (UEM), pesquisadores da instituição estão entre os mais relevantes do mundo, de acordo com dados de 2021 da Alper-Doger (AD) Scientific Index, que ranqueia universidades e cientistas de todo o planeta. Na lista dos 10 mil melhores cientistas do mundo, aparece o professor Angelo Antonio Agostinho, que no ano passado já figurou entre os cientistas mais influentes do mundo. Em outras regiões analisadas – América Latina e o grupo de países emergentes dos Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – 102 pesquisadores da UEM destacam-se, incluindo Agostinho.
Agostinho é aposentado do Departamento de Biologia (DBI) e docente voluntário no Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA), do qual foi um dos fundadores. É um dos 75 brasileiros no Top 10 mil mundial da AD. “Fico feliz com essa situação! Para mim, representa um ânimo novo para continuar trabalhando, já que ainda temos muito a fazer, porque na área em que trabalho [ecologia de áreas alagadas, especificamente sobre peixes] ainda há muito para ser investigado e muitas lacunas para ser preenchidas”. Julio César Damasceno, reitor da UEM, parabeniza Agostinho e todos os demais pesquisadores listados na AD, afinal enxerga que essas listas são como prêmios, “motivo de muito reconhecimento para pessoas que tanto se dedicam e trabalham”.
Ainda conforme o reitor maringaense, os rankings da AD “mostram que a UEM se consolida como uma universidade de Pesquisa, com reconhecimento internacional”, além de atestar como ela trabalha constantemente integrada a universidades e instituições de pesquisa nos cenários nacional e internacional. Zootecnista com doutorado em Agronomia, Damasceno está entre os melhores pesquisadores da América Latina e menciona que a posição da UEM como um todo nesse espaço geográfico é de 18ª melhor instituição. É um parâmetro para comprovar “como nossa universidade tem produzido Ciência, formado recursos humanos e publicado artigos em boas revistas científicas, que são bastante citados por serem de qualidade reconhecida”.
Para a região dos Brics, a AD Scientific Index registra 3.192 brasileiros no Top 10 mil. Dentre estes, 46 são da UEM (lista abaixo). Para a América Latina, a organização lista 7.656 brasileiros no Top 10 mil, sendo 102 pesquisadores da UEM (lista abaixo). Assim, a UEM posiciona-se como a quarta melhor universidade estadual do Brasil tanto no estudo latino-americano quanto no dos Brics, além de ser primeira estadual paranaense. O reitor lembra que o resultado expressivo só é possível graças a uma grande e sólida rede de pesquisadores experientes e com longo tempo como servidores, que também recebem suporte da nova geração de pesquisadores da UEM, como jovens professores e estudantes que se dedicam à Pesquisa.
Luiz Fernando Cótica, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, destaca que a UEM é uma instituição que realiza pesquisas de qualidade em escala global. “O número de pesquisadores que aparece nesses rankings reflete a alta qualidade dos pesquisadores que temos. Não só isso, mas o grande número deles que desenvolve pesquisas de ponta em nível mundial”, frisa Cótica. O reitor da UEM concorda e diz que pesquisas de impacto são pesquisas que, além de promoverem desenvolvimento à comunidade científica, beneficiam a sociedade. E, de fato, na Universidade Estadual de Maringá são produzidos muitos conhecimentos que chegam ao dia a dia do cidadão.
Mulheres na Ciência
Embora a maioria ranqueada na AD seja masculina, a presença de mulheres da UEM inspira. É o caso de Tania Ueda Nakamura, professora do Departamento de Ciências Básicas da Saúde (DBS) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PCF). “Estar incluída em um grupo de cientistas de relevância internacional é muito gratificante, serve de estímulo à nova geração”, declara Nakamura, bolsista 1A de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ou seja, pesquisadora de altíssimo nível.
Para a docente, mais do que talento e amor pela ciência, é preciso muita perseverança para seguir na carreira de pesquisadora. “Hoje, temos um seleto grupo de pesquisadoras altamente qualificadas, dedicadas e que trilham por este caminho, mas é preciso abrir oportunidades, que dependem de uma política que valorize a Ciência e a disseminação do conhecimento”.
Os rankings
De acordo com a AD, para a metodologia de seus rankings são usados valores de produtividade científica totais e dos últimos cinco anos, incluindo números de artigos publicados e citações recebidas, registrados nos perfis públicos de cada pesquisador na plataforma Google Acadêmico.