Férias com o pet: confira quais são os cuidados essenciais na hora de viajar com os bichinhos
Com a chegada do final do ano e de suas festividades, é hora de se programar para uma viagem em família. E para que você possa aproveitar as férias na companhia do seu pet, é preciso tomar alguns cuidados e pensar em detalhes que garantam uma viagem divertida, agradável e, sobretudo, segura para o seu bichinho.
Segundo Gisele Starosky, médica veterinária da Fórmula Animal ― rede de franquias de farmácia de manipulação veterinária, que produz medicamentos e produtos voltados à saúde animal de forma personalizada ― é fundamental fazer um planejamento que dê ênfase para a segurança e conforto do pet, além de trabalhar uma adaptação antes da viagem. “Uma dica que pode ajudar o seu pet a se acostumar é fazer pequenos percursos com ele no carro. Assim, ele pode se habituar com o movimento e diminuir o risco de desconfortos ou até enjoos durante o trajeto da viagem de férias”, afirma.
O conforto do animalzinho deve ser prioridade na hora de planejar uma viagem e, dependendo do meio de transporte escolhido, os cuidados também podem variar. Assim, com o intuito de orientar os tutores, a veterinária da Fórmula Animal elencou algumas práticas essenciais que precisam fazer parte do roteiro de deslocamento. Confira!
Verifique como está a saúde do seu pet antes de sair
Uma viagem é um evento bastante atípico na vida de um pet. Por isso, é preciso se prevenir e, antes de encarar a estrada, levar o animalzinho ao veterinário, para que ele possa verificar se está tudo bem com a saúde do animal. Além disso, o veterinário pode apontar ações preventivas para que o pet não passe mal durante a viagem, já que, assim como com os humanos, enjoos são sintomas comuns em pets. O profissional poderá prescrever medicamentos que minimizem os impactos do mal-estar durante o trajeto.
Além disso, Gisele Starosky ressalta que a aplicação da aromaterapia pode ajudar os bichinhos tanto em quadros de enjoo, quanto para acalmá-los em casos de viagens de longa duração. Isso porque, a aromaterapia para pets é indicada em diversos tipos de situação, como enjoo, ansiedade, estresse e fadiga, entre outros. Os óleos podem ser manipulados em forma de roll-on, em farmácias de manipulação veterinária. Dentre as diversas opções de óleos essenciais, cinco ganham destaque no tratamento dos pets: lavanda, laranja doce, hortelã-pimenta, gengibre e capim-limão.
“O óleo de lavanda possui propriedades calmantes e relaxantes, e é ótimo para minimizar a ansiedade e o estresse. Com perfume cítrico e propriedades calmantes, o óleo de laranja doce é uma excelente opção para acalmar a mente e aliviar sentimentos de irritação. Já o óleo essencial de hortelã-pimenta, é indicado para aliviar a tensão mental e a fadiga, além de ser eficaz para enjoos, pois reduz a sensação de náuseas. Outra opção muito boa para tratar enjoo é o óleo essencial de gengibre, principalmente quando é associado ao hortelã-pimenta. Por fim, o capim-limão ― conhecido mundialmente como lemongrass ― destaca-se pelo alto teor de óleo essencial em suas folhas. Entre suas propriedades terapêuticas estão a ação analgésica, anti-inflamatória, antibacteriana, antiviral, sedativa, digestiva, antirreumática, calmante, antitérmica, antiespasmódica, antimicrobiana, além de atuar como repelente de insetos”, explica Gisela.
Atenção com a liberdade dos pets na estrada
É claro que os tutores querem seu pet à vontade durante a viagem, mas é preciso garantir a segurança do animalzinho em primeiro lugar. Por isso, deixar o animal com o rosto ao vento, para fora da janela, não é recomendado, pois o deixa muito exposto aos riscos de uma freada brusca ou uma eventual colisão. O mais adequado é o uso de assentos ou cintos de segurança para cães maiores, enquanto para gatos e cães de menor porte, indica-se caixas e bolsas de transporte.
Outro aspecto valioso é a realização de paradas, a cada 2 horas, para que o animal possa beber água e fazer suas necessidades. No caso de cães energéticos, é importante, também, para gastarem sua energia e se manterem mais tranquilos ao voltar para o trajeto. Além disso, é importante ficar atento à temperatura do carro, pois o calor excessivo pode provocar desidratação no pet.
Uma dica bastante interessante, especialmente para os gatos, é a realização de passeios, anteriores à viagem, na bolsa de transporte que será utilizada na hora de viajar. Isso servirá para que ele se acostume com a ideia e para diminuir os medos que possa desenvolver durante o deslocamento.
Exigências para viajar de ônibus
A escolha do ônibus como meio de transporte requer alguns cuidados especiais. Além da obrigatoriedade em se utilizar caixas ou bolsas de transporte para o pet, é necessária apresentação de documento que ateste a saúde do bichinho. Recomenda-se, ainda, entrar em contato com a empresa que fará o transporte, para verificar se há alguma outra norma específica.
E se a viagem for de avião?
Mesmo de avião, é possível viajar com o seu pet, mas há uma série de fatores que é necessário levar em conta. Primeiro, é preciso estar atento às regras da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e da companhia aérea escolhida, já que cada uma delas pode ter normas específicas. Há, inclusive, companhias que não realizam o transporte de determinadas raças de cães.
Se a viagem é de âmbito nacional, será preciso avisar a companhia aérea com antecedência, bem como ter em mãos atestado veterinário. É necessário, também, atualizar todas as vacinas do animal, e garantir que a caixa de transporte seja resistente, espaçosa e com ventilação, para garantir a segurança e o bem-estar do pet. Já nos casos de animais com peso inferior a 10 quilos, há a possibilidade de viajar na cabine junto ao tutor, com caixinha e placa de identificação.
Para as viagens internacionais, mantém-se todas as recomendações e exigências feitas para viagens nacionais, com a necessidade estudar as regras do país de destino.