Deputados do PMDB negam sondagem para assumir ministério e "ajudar" Loures.
Dois dos três deputados que a bancada do PMDB do Paraná tem hoje na Câmara disseram, ao menos publicamente, que não foram sondados pelo Palácio do Planalto para assumir um ministério. Questionados se aceitariam a proposta, caso a recebessem, os deputados João Arruda e Sérgio Souza negaram veementemente. “Não fui contatado e não aceitaria se recebesse o convite. Não é o momento. Não nessas circunstâncias, para proteger alguém”, disse Arruda. “Ninguém falou sobre isso comigo”, disse Souza. A reportagem não conseguiu contato com o deputado Hermes Parcianello. A hipótese de que o presidente Michel Temer poderia nomear como ministro outro deputado do Paraná passou a ser ventilada na manhã desta terça-feira (30), quando o ex-ministro da Justiça, Osmar Serraglio, demitido do ministério da Justiça no fim de semana, afirmou não aceitar ser transferido para a pasta da Transparência. Quando assumiu a Justiça, Serraglio, que é deputado federal pelo PMDB-PR, deu lugar – e foro privilegiado – ao suplente Rodrigo Rocha Loures, um dos principais auxiliares de Temer. Ao retornar para a Câmara, Serraglio assume a quarta vaga que o PMDB-PR possui na Casa e, como consequência, Rocha Loures volta a ser suplente e perde o foro privilegiado. Filmado pela polícia federal saindo de um pizzaria com uma mala que, conforme os investigadores, conteria R$ 500 mil frutos de propinas pagas pela JBS, Rocha Loures foi afastado do cargo de deputado no último dia 18 e teve pedido de prisão expedido pela Procuradoria-Geral da República. O pedido foi negado pelo Supremo Tribunal Federal