BRASIL X FRANÇA: DA GUERRA DA LAGOSTA AOS INTERESSES DA AMAZÔNIA.
Faz tempo que Brasil e França se “esbarram” em questões que poderiam, diplomaticamente serem resolvidas, sem ataques e/ou ofensas.
Lá atrás, Charles André Joseph Marie de Gaulle , General de Guerra francês e que após a II grande guerra, fundou a Quinta República Francesa em 1958 e foi seu primeiro Presidente, de 1959 a 1969.
Desde aqueles tempos, em nome dos franceses, as relações andam um tanto quanto azedas entre os povos.
Não bastasse as pautas políticas que geram acontecimentos lamentáveis, ainda surge Zinedine Zidane para, no futebol nos vencer e até humilhar e na fórmula 1, Ayrton Senna, sofrer e padecer nas mãos de Alain Prost. Embora nesse caso tenha havido uma certa vingança.
Voltando a política, De Gaulle, como era chamado, se espinhou com o governo brasileiro por conta da pesca de camarão.
A frase, atribuída a De Gaulle: “O Brasil não é um país sério”, na realidade foi pronunciada por um representante do governo brasileiro, durante a absurda “guerra da lagosta”.
Nesse conflito diplomático envolvendo o Brasil e a França, Carlos Alves de Souza Filho foi um diplomata brasileiro, é o verdadeiro autor da sofrida frase.
E o que discutiam, Brasil e França.? O direito a pesca da lagosta na costa brasileira.
A questão era: a lagosta ANDA OU NADA.?
Se nadar, ela vive em mar internacional, se andar estaria em terras brasileiras.
Passados tantos anos e reencontramos Brasil e França, agora sob o conflito da Amazônia.
Macrom na realidade deseja internacionalizar a Amazônia, se colocar como defensor da região, credenciar-se a ter uma base em terras de “interesses internacionais” e continua r a tirar dali riquezas que conseguia, via investimentos no mínimo pouco republicanos, tal qual Noruega, Alemanha e certamente outros países.
O fogo que arde a riqueza amazônica pouco importa.
O que vale mesmo, são as riquezas nela contida, por conta de um terreno rico de uma região mais rica ainda.
O mundo por assim dizer tem olhos grandes para aquela região e não é de hoje. A Guiana Francesas, poções de terras francesas, dá a França o direito de se envolver nas condições de gestão ambiental naquela região. Parte da mata amazônica está na Guina Francesa.
Mas não é por amor, humanidade ou bondade.
A Guiana Francesa é um território pertencente à União Europeia na América do Sul. Ela não é exatamente um país, já que faz parte do departamento ultramarino da França. O país faz fronteiras com os estados do Amapá no Brasil e com o Suriname e é visto como uma terra de oportunidades para brasileiros em busca de trabalho e de melhores
salários, já que ali a moeda que opera é o euro. Atualmente, mais de 70 mil brasileiros residem no território. Apesar das possibilidades de imigração serem muito restritas, pois não há nenhum acordo político entre os dois países e grande parte de quem foi para lá está ilegal, veja comomorar na Guiana Francesa.
(FONTE: https://www.jafezasmalas.com/morar-na-guiana-francesa/)
O resumo da questão Brasil x França; pode ser elaborada da seguinte forma:
—Todos os países do mundo, dependem no presente e muito mais no futuro, das riquezas naturais brasileiras.
—-À Intervenção francesa comandada por Macrom, tem como objetivo maior, tirar o foco das eleições francesas em que o atual mandatário vai de mal a pior
—Evitar que outros países (fortes) se alinhem com o Brasil e fortaleçam de certa forma o Mercosul, esvaziando ou colocando em “cheque” o comércio da indústria francesa com a região latino-americana.
Essa crise é Culpa do atual governo brasileiro? Muito pouca; em verdade.
Jogado para lá e cá, mais que charuto em boca de cubano, Bolsonaro, por não ter uma política internacional definida, sofre, por saber se relacionar, colocar à mesa as verdadeiras questões, tão pouco elevar o nível do diálogo.
Bolsonaro não sabe ainda, na realidade, quem é amigo, inimigo ou indiferente.
Se o Brasil vier a sucumbir e assim perder contratos de negócios com o mercado internacional europeu, ver-se-á obrigado a sentar com a China, (por exemplo) para compensar as eventuais perdas de exportação.
Parece óbvio e de fácil resolução esse problema. mas nesse caso, qual seria a reação de Trump? Tão radical, surpreso e inconsequente quanto Bolsonaro!
Enquanto começamos à apagar as chamas de tremendo drama, é hora de fazer uma reflexão: afinal, as consequências de uma derrota política brasileira, comprometendo a imagem de uma nação séria, como ficam os projetos de outros tantos segmentos, carentes por abrirem mercado internacional e mais: qual o estimulo que empresários internacionais teriam ou terão de investir num país fragilizado e sem regras do jogo, absolutamente definidas?
Parece, no curto prazo, que vamos ter que juntar mais do que cinzas queimadas, num incêndio cada vez mais, com ares de crime.
Crime? …isso é coisa para outro dia.