Brasil volta a tarifar importação do queijo muçarela
Desde de quinta-feira (12/05), o governo federal voltou a taxar a importação do queijo muçarela vindo de países que não fazem parte do bloco Mercosul. A decisão publicada no Diário Oficial da União (DOU), volta a vigorar com tarifa de importação de 28%. A medida atende a demanda do setor leiteiro de todo país, liderado pela deputada do agro Aline Sleutjes, entidades do setor, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Sistema FAEP/SENAR-PR e Frente Parlamentar Agropecuária (FPA).
Desde março de 2022 a Câmara de Comércio Exterior zerou a alíquota nas importações de sete produtos, entre eles o queijo muçarela. A medida trouxe preocupação ao setor leiteiro nacional, trazendo riscos de baixa de preço e excesso de produtos.
“Vejo com grande alívio a volta da taxação do queijo muçarela importado. Desde março estamos trabalhando com o ministério da economia e da agricultura, na defesa dos produtores. A retirada da alíquota permitia uma concorrência desleal entre a produção nacional e a importada. Precisamos fortalecer a cadeia produtiva do leite e oferecer medidas eficazes para a continuidade do crescimento da produção, evitando o êxodo rural, gerando emprego e renda nos mais diversos municípios brasileiros e principalmente, garantindo o abastecimento da população com preços acessíveis”, comentou a deputada federal e membro da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA)
A pecuária leiteira é uma atividade presente em 5.517 municípios do Brasil, sendo produzido em 99% das localidades, gerando em média 4,5 milhões postos de trabalho direto, totalizando mais de 5 milhões de famílias que vivem da produção de leite. No Brasil mais de cinco milhões de famílias vivem da produção leiteira e o setor gera em torno de 20 milhões de empregos direto e indireto. A produção nacional de leite superou no último ano os 35 bilhões de litros, sendo o 3º maior produtor mundial.