Diversidade cognitiva melhora performance empresarial
Enquanto a diversidade se refere ao que é diverso, diferente e variado, o aspecto cognitivo está relacionado ao processo de aprendizagem. Em suma, ele leva em consideração as características pessoais dos indivíduos, como raça e idade, atrelado a sua jornada de vida, raciocínio, criatividade, percepção de mundo, compreensão, entre outros fatores. Ao atuarem juntos frente a projetos, a tendência é que as competências uns dos outros se agreguem e resultem em soluções “fora da caixa” que, por consequência, geram inovação. Daí a importância da diversidade cognitiva na hora de selecionar talentos para as empresas.
Misturar perfis variados e com personalidades complementares não significa fomentar embates desrespeitosos no meio empresarial, muito pelo contrário. A diversidade cognitiva irá se manifestar em situações nas quais os envolvidos consigam dialogar e debater com educação e apurado senso de argumentação diante de posicionamentos não homogêneos.
Além disso, é crucial que os colaboradores se sintam à vontade para expressar opiniões contrárias, na visão de Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério Gestão e Desenvolvimento. “Em primeiro lugar, eles devem perceber que a gestão valoriza e aceita conceitos diferentes e contrários aos já expostos. Ninguém deve se sentir acuado ou pressionado a aceitar as ideias de terceiros ou da maioria”, avalia.
De acordo com uma pesquisa publicada pela Harvard Business Review, em 2017, a velocidade com que os problemas cíclicos passaram a ser resolvidos comprovou, de fato, a relevância da diversidade cognitiva nas empresas. Apesar de menos visível que a diversidade étnica ou de gênero, por exemplo, as questões cognitivas são responsáveis por melhores desempenhos e execuções mais rápidas, principalmente diante dos conflitos e desafios, sejam eles novos ou antigos.
A JValério Gestão e Desenvolvimento compartilha uma lista com sugestões de como as empresas podem se transformar a fim de incluir a diversidade cognitiva no recrutamento e seleção sem deixar de lado o fit cultural, isto é, o alinhamento entre o candidato e os valores organizacionais.
● Contratar por habilidades e competências: certamente, os requisitos de graduação, pós e especialização são relevantes. Porém, eles também podem limitar o acesso a candidatos potencialmente bons para vagas onde considerar um conjunto mais amplo de talentos fará diferença;
● Atrair candidatos agregadores de conhecimento: ao invés de focar só naqueles que refletem a imagem da empresa, que tal investir em pessoas que possam trazer novas perspectivas sociais, culturais e, inclusive, econômicas;
● Incentivar o aprendizado contínuo: como dissemos, se formar na faculdade é o primeiro passo, mas não o único. Manter os funcionários em constante estado de aprendizagem é um dos combustíveis que levam à inovação;
● Criar um ambiente de trabalho seguro e encorajador: a verdadeira diversidade cognitiva deve ser autenticamente integrada e compartilhada por todos os departamentos e setores. Isso fará com que os profissionais sintam-se seguros e à vontade para demonstrar seus potenciais enquanto fornecem insights que resultam em críticas e sugestões em prol da melhoria contínua;
● Oferecer treinamentos: nem sempre será fácil identificar a diversidade cognitiva, portanto, vale a pena contar com a ajuda de experts na área levando o pensamento inovador para dentro da empresa. Como? Com a realização de palestras, fóruns, workshops e treinamentos;
● Agregar soft skills: durante o recrutamento e seleção, é comum focar em aspectos de relacionamento, como empatia, flexibilidade e habilidades para o trabalho em equipe. No entanto, é importante reconhecer que pensamento analítico e estratégico, síntese e capacidade de lidar com informações e dados são soft skills que vêm junto com a diversidade cognitiva;
● Envolver as lideranças: é crucial estabelecer uma comunicação clara com os gestores que, de preferência, devem ter um estilo agregador, com visão de união, consolidação e estímulo à diversidade cognitiva;
● Turnover: vale lembrar que colaboradores engajados também são sinônimos de diminuição das taxas de turnover, outro grande ganho que a diversidade cognitiva traz para as empresas.
Formação continuada
A gestão de pessoas faz parte da grade curricular do Programa do PAEX – Parceiros para a Excelência, da Fundação Dom Cabral, em parceria com a JValério. A solução é para empresas familiares de médio porte que buscam um modelo robusto de gestão, com a formação de executivos e equipes de alta performance, elevando os resultados de curto, médio e longo prazos. Para saber mais, acesse: https://jvalerio.com.br/programas-para-empresas/paex.