Médicos estariam dormindo durante o expediente nas UPAs e UBSs de Maringá?

Durante visita recente à UPA Zona Norte de Maringá, o prefeito Silvio Barros se deparou com uma situação preocupante: pacientes aguardando atendimento por mais de sete horas, das 14h às 21h, em pleno funcionamento da unidade. A principal causa? A baixa produtividade no turno da tarde — um problema que precisa de solução imediata.
É inaceitável que, em um sistema já sobrecarregado mas que conta com muitos recursos, falte comprometimento de parte dos profissionais contratados. O Conselho Federal de Medicina (CFM) preconiza que, em locais com plantões superiores a seis horas consecutivas, é obrigatória a existência de um espaço de repouso adequado, com segurança, higiene e conforto. Essa é uma medida importante de proteção ao trabalhador da saúde, mas que infelizmente, em alguns casos, tem sido mal utilizada.
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Prefeito Silvio , há relatos de médicos que utilizam esses quartos de descanso para dormir além do tempo necessário, inclusive durante o dia , prejudicando o atendimento à população. O direito ao descanso não pode ser confundido com o direito de se ausentar das responsabilidades. Cabe aos diretores das UPAs fiscalizar e coibir esses abusos — é sua função garantir que o serviço público de saúde funcione com responsabilidade e ética.
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Nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), a realidade não é muito diferente. Consultórios fechados antes do fim do expediente, mesmo com médicos presentes, se tornaram rotina. O argumento de que “14 pacientes já foram atendidos” não justifica deixar de cumprir o horário completo de trabalho. O contrato é por turno, não por quantidade de atendimentos. O que está em jogo é o direito da população ao acesso à saúde.
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Nesse cenário, foi extremamente importante a visita do prefeito Silvio Barros à UPA Zona Norte. A presença dele reforça o compromisso com a fiscalização e melhoria da qualidade dos serviços prestados. Temos confiança de que ele tomará as providências necessárias para corrigir essas falhas e exigir mais responsabilidade dos gestores e profissionais da saúde.
Mas também é necessário destacar que o sistema de saúde está sobrecarregado não apenas por falhas internas, mas também pela falta de conscientização de parte da população. Muitos deixam de tomar vacinas importantes, como a da gripe, ou mantêm seus terrenos e quintais em condições precárias, contribuindo para a proliferação da dengue. O cuidado com a saúde pública começa em casa, com atitudes simples e responsáveis.
Portanto, é preciso uma ação conjunta: poder público vigilante, profissionais comprometidos e cidadãos conscientes. A saúde pública só funcionará de forma eficaz quando todos fizerem a sua parte.