Brasil amplia sua força industrial em parceria com a China

Brasil amplia sua força industrial em parceria com a China

As relações comerciais e industriais entre Brasil e China seguem em expansão, impulsionadas por acordos estratégicos e pela crescente demanda brasileira por modernização tecnológica. Em 2024, o comércio bilateral entre os países alcançou cerca de US$ 156 bilhões, com destaque para a importação de equipamentos industriais e tecnologias avançadas.

Nesse cenário, destaca-se a nova parceria entre a brasileira Atlasmaq, com 25 anos de trajetória no setor de máquinas industriais, e a chinesa Bodor, uma das maiores fabricantes globais de equipamentos de corte e solda a laser. O acordo posiciona a Atlasmaq como distribuidora oficial da marca em importantes regiões do Brasil, como a capital paulista, interior de São Paulo, litoral, Vale do Paraíba e Sorocaba, territórios estratégicos para o crescimento industrial.

A aliança foi oficialmente apresentada ao mercado durante a Expomafe 2025, realizada em 10 de maio, um dos maiores eventos do setor na América Latina. No estande da Atlasmaq, foram exibidos os novos modelos de máquinas Bodor com tecnologia de ponta, que agora contam com suporte técnico local, financiamento facilitado e integração completa com o ecossistema industrial brasileiro.

Alta performance com suporte local  

Segundo Humberto Nunes, CEO da Atlasmaq, a parceria representa um marco para o setor metal-mecânico local. “Estamos trazendo para o Brasil soluções completas em corte e solda a laser com o respaldo de uma gigante global. Essa colaboração fortalece a indústria nacional, aproxima ainda mais Brasil e China, e nos posiciona como protagonistas na modernização do setor”, afirma.

A intensificação das parcerias industriais entre os dois países reflete uma estratégia mútua de fortalecimento econômico e tecnológico. Segundo a ApexBrasil, a China foi responsável por 24,2% das importações brasileiras de bens em 2024, especialmente nas áreas de maquinário e alta tecnologia, fundamentais para o aumento da produtividade e competitividade da indústria nacional.

Além da troca comercial, a cooperação sino-brasileira tem se ampliado por meio de acordos industriais voltados ao desenvolvimento conjunto de tecnologias e à promoção de investimentos bilaterais. Essas iniciativas, na avaliação de Humberto Nunes, colocam o Brasil como um polo relevante de manufatura avançada na América Latina. No caso da China, ele destaca que representam uma oportunidade estratégica de ampliar sua presença em mercados emergentes com alto potencial de crescimento.

DINO