Moro e Graeml reforçam União Brasil no Paraná enquanto presidente do partido é investigado por suposta ligação com PCC
A filiação de Cristina Graeml ao União Brasil, anunciada com destaque pelo ex-ministro Sergio Moro, foi apresentada como um movimento de renovação política no Paraná. A junção da notoriedade de Moro com o capital eleitoral de Graeml projeta o partido como alternativa moderna e moralmente comprometida com a ética e o combate à corrupção.
No entanto, por trás do brilho dessa aliança, paira uma nuvem de suspeitas que compromete a coerência do partido. O presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, está sendo investigado por suposto envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), em operações que incluem o uso de aeronaves para transporte de membros ligados a esquemas criminosos e negociações financeiras com empresas suspeitas de lavagem de dinheiro.
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Mesmo sem condenação, essas investigações lançam uma sombra sobre qualquer narrativa de integridade que o partido tente construir. Enquanto Moro e Graeml buscam se apresentar como a “renovação” no Paraná, a credibilidade do União Brasil fica vulnerável diante de questionamentos éticos que vêm do seu topo.
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O eleitorado precisa ter clareza: coerência e integridade não podem ser seletivas. Um partido que se apresenta como defensor da lei não pode ignorar suspeitas graves contra seu próprio presidente. Sergio Moro e Cristina Graeml, símbolos da nova face do União Brasil no Paraná, estão agora diante de um dilema inevitável: ou se distanciam da cúpula nacional e reafirmam compromisso com a ética, ou correm o risco de ver a imagem da “renovação” eclipsada pelas suspeitas que rondam Rueda.
Em tempos de descrédito generalizado da política, é exatamente essa coerência que o eleitor procura — e não basta que a narrativa seja bela; ela precisa resistir ao escrutínio das ações e das conexões que se formam dentro do partido. A renovação prometida pelo União Brasil no Paraná só será verdadeira se for acompanhada de transparência total e responsabilidade ética, começando pelo seu próprio presidente.


