Consórcio de imóveis bate recorde e acompanha expansão do mercado imobiliário

Consórcio de imóveis bate recorde e acompanha expansão do mercado imobiliário

A construção civil e o mercado imobiliário brasileiro atravessam um momento de forte aquecimento. Segundo os Indicadores Imobiliários Nacionais da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), entre janeiro e setembro, cerca de 312,2 mil imóveis foram vendidos, um crescimento de 5% em comparação com 2024. Ao todo, foram lançadas 307,4 mil unidades em todo o Brasil, um aumento de 8,4%.

Os números positivos animam o setor de consórcios. Os dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) mostram avanço consistente do segmento de imóveis até outubro de 2025, com cerca de 1,14 milhão de cotas vendidas entre janeiro e outubro de 2025. Um crescimento recorde de 39,5%, em comparação com o mesmo período do ano passado.

O consórcio de imóveis tem atraído participantes em função de características que favorecem o planejamento financeiro. A modalidade não envolve cobrança de juros, permite a formação de um fundo comum por meio das contribuições mensais dos consorciados e possibilita a contemplação por sorteio ou oferta de lances, inclusive com a opção de abatimento parcial do valor ofertado por meio do "lance embutido". "Esses mecanismos ampliam as possibilidades de acesso ao crédito para aquisição do bem desejado ou para sair daquele financiamento bancário com juros altos", comenta José Climério Silva Souza, diretor-executivo do Consórcio Nacional Bancorbrás.

O executivo também ressalta que a modalidade oferece uma possibilidade de aquisição do crédito que se ajusta ao planejamento financeiro dos participantes, ao eliminar a incidência de juros. Climério destaca ainda que "a possibilidade de contemplação por sorteio ou lance reforça a flexibilidade da modalidade, ampliando as oportunidades de aquisição para quem opta por esse meio".

A expansão observada do consórcio de imóveis em 2025 reflete não apenas a dinâmica positiva do setor imobiliário como um todo, segundo o diretor. "Mas também a busca por instrumentos de aquisição mais planejados e adaptados à realidade econômica dos brasileiros, especialmente em um cenário de restrições de crédito e de juros elevados para captação de crédito", finaliza.

DINO