“Famílias Mosaico”: novas uniões crescem e já representam mais de 30% dos casamentos no Brasil

“Famílias Mosaico”: novas uniões crescem e já representam mais de 30% dos casamentos no Brasil
Autora do livro “Ninguém quer ser Madrasta!”, psicóloga Cris Aguiar promove roda de conversa online sobre os desafios das famílias reconstituídas
De acordo com dados do IBGE, o número de casamentos em que pelo menos um dos cônjuges é divorciado vem crescendo de forma expressiva: passou de 12,9% em 2003 para 31,3% em 2023. O dado reflete uma realidade cada vez mais comum — a das famílias reconstituídas, formadas a partir de novos casamentos em que um ou ambos os parceiros trazem filhos de relações anteriores.
Essas famílias, conhecidas como “famílias mosaico”, desafiam antigos modelos de convivência e convidam seus membros a desenvolver novas formas de vínculo, respeito e construção conjunta do cotidiano. Lidar com rotinas diferentes, criar espaço para o afeto e definir papéis dentro dessa nova dinâmica são temas que frequentemente chegam aos consultórios de psicologia.
De acordo com a psicóloga Cris Aguiar, especialista em terapia sistêmica familiar e autora do livro “Ninguém quer ser Madrasta!”, a reorganização da vida após o divórcio não termina quando cada um refaz sua trajetória amorosa. “Os filhos continuam sendo parte dessas histórias. Eles precisam lidar não apenas com a separação, mas também com a chegada de novas pessoas — companheiros, madrastas, padrastos — que passam a fazer parte do cotidiano e da dinâmica familiar”, explica.
Roda de conversa
Cris Aguiar convida leitoras e leitores para uma roda de conversa online, no dia 30 de outubro, às 19h. O encontro é exclusivo para quem adquirir o livro durante o mês de outubro — mas quem já comprou anteriormente também poderá participar, solicitando o acesso por mensagem no Instagram @madrastas_psicrisaguiar. O link será enviado pelo WhatsApp.
“Quando há filhos, o recomeço envolve mais do que a união de um casal — é o encontro de duas histórias, dois modos de educar e conviver. Essa nova família precisa encontrar o próprio jeito de funcionar, com tempo, escuta e respeito às diferenças”, explica Cris.
O objetivo da roda é abrir um espaço de troca e reflexão sobre os desafios e descobertas que acompanham as famílias reconstituídas. “Assumir o papel de madrasta ou padrasto é uma experiência que mistura amor, dúvidas e aprendizado. Falar sobre isso, com outras pessoas que vivem o mesmo processo, ajuda a compreender e ressignificar esse lugar dentro da nova família”, completa.
Construindo novos vínculos
Para os filhos, a chegada de um novo parceiro pode despertar sentimentos de insegurança ou ciúme, e é importante que o adulto compreenda que o vínculo precisa ser construído aos poucos, com respeito ao tempo da criança ou do adolescente.
“O novo companheiro não deve tentar substituir o pai ou a mãe. A relação se fortalece quando há autenticidade e espaço para o afeto nascer de forma natural”, orienta a psicóloga.
Segundo Cris, o sucesso de uma família mosaico passa pela capacidade do casal de manter o diálogo e fortalecer sua parceria.
Comunicação e limites claros: conversar abertamente sobre regras, finanças e educação dos filhos é essencial para evitar conflitos e fortalecer a relação.
A nova família: reservar momentos de qualidade a dois e equilibrar as demandas da vida familiar ajuda o casal a sustentar uma base sólida, que se reflete no bem-estar de todos.
Relação com o ex-cônjuge: quanto mais respeitosa for a comunicação entre os adultos, mais protegidos emocionalmente estarão os filhos.
Serviço:
Roda de conversa – “Famílias Mosaico”
30 de outubro, às 19h
Online e exclusiva para quem adquirir o livro “Ninguém quer ser Madrasta!” em outubro
Solicite o acesso via Instagram: @madrastas_psicrisaguiar
Site: psicrisaguiar.com.br