Deputados acionam Polícia Federal e Ministério Público pra apurar denúncia de corrupção na Sanepar
Nesta quarta-feira (24), os deputados Requião Filho (PDT) e Arilson Chiorato (PT) acionaram a Polícia Federal e o Ministério Público do Paraná para apurar denúncias de corrupção envolvendo o Governo do Estado e a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
Divulgações de áudios feitas pelo jornal O Diário de Maringá revelam um suposto esquema estruturado de Caixa 2, propinas e coação de funcionários para financiar campanhas políticas. As gravações, atribuídas ao ex-gerente da Sanepar, Rafael Sanita, e Jaime Antônio de Camargo Ferreira, detalham um sistema de arrecadação ilegal para cobrir dívidas da campanha do governador Ratinho Júnior ou viabilizar futuras disputas eleitorais.
Possíveis crimes – Entre os pontos mais alarmantes da denúncia está a acusação de que o ex- diretor-presidente da Sanepar, Cláudio Stábile(foi diretor-presidente da Sanepar de 2019 a meados de 2024)teria exigido parte do Programa de Participação nos Resultados (PPR) de funcionários indicados politicamente para suprir rombos financeiros de campanha.
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Requião Filho explica que, se confirmadas, as denúncias podem configurar crimes de concussão, peculato e corrupção passiva. Diante da gravidade, os deputados estão cobrando respostas concretas e atuação imediata da Casa Civil e de órgãos de fiscalização. Além do MPPR e a PF, também devem ser acionados o Tribunal de Contas (TCE-PR), o Ministério Público Federal (MPF), a Agepar e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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“São estarrecedoras as denúncias de corrupção e Caixa 2 envolvendo a Sanepar e o governo do Estado. Nós queremos chegar ao fundo desse escândalo. Queremos saber o que diz o Ministério Público, o que diz a Polícia Federal, o que diz a Justiça Eleitoral. Temos que passar isso a limpo. E se forem verdadeiras as denúncias, os culpados devem ir para a cadeia. Não queremos uma mancha dessa no nosso Paraná”, destaca Requião Filho.
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Investigação – No pedido de informações, os deputados exigem transparência total nas investigações, com a entrega integral de contratos e atos de nomeação. Além disso, solicitam o encaminhamento imediato dos áudios e documentos às autoridades para abertura de investigação criminal.
Requião Filho defende que o silêncio das instituições diante de provas tão robustas agrava a crise de confiança pública e exige uma punição exemplar dos responsáveis.
Fotos: AEN



