À frente do Ministério das Mulheres, Cida Gonçalves defende o fortalecimento do Ligue 180
Em discurso na posse, a ministra também destacou que gestão será baseada na transversalidade entre ministérios
Em cerimônia de transmissão de cargo nesta terça-feira (03/01), a nova ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou que fará uma gestão para todas e que o ministério vai “trabalhar arduamente na reconstrução de um país com a cara e o jeito das mulheres.”
Cida Gonçalves também afirmou que as ações do Ministério das Mulheres serão baseadas na transversalidade entre as Pastas e destacou o fortalecimento e a recuperação do Ligue 180, serviço de utilidade pública para o enfrentamento da violência contra a mulher.
Em discurso, a ministra ainda explicou como será a atuação do Ministério. A Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência terá como objetivo principal a retomada de projetos como a Casa da Mulher Brasileira e o Programa Mulher, Viver sem Violência. A Secretaria Nacional de Autonomia e Cuidados será responsável por inserir mulheres no mercado de trabalho, criar políticas para combater o assédio moral e a equiparação de salários entre gêneros. Em outra frente, a Secretaria de Articulação Institucional e Participação Política vai trabalhar para ampliar a capacidade das ações do governo em políticas públicas para as mulheres.
A ministra ainda lembrou que o Dia Internacional da Mulher “será um desafio e deverá ser o marco deste governo” e convidou ministros e ministras para elaborar ações transversais que poderão ser anunciadas no dia 08 de março.
Sobre Cida Gonçalves
Maria Aparecida Gonçalves, conhecida como Cida Gonçalves, é especialista em gênero e em enfrentamento à violência contra mulheres e ativista de defesa dos direitos das mulheres há mais de 40 anos.
Natural de Clementina, interior de São Paulo, Cida Gonçalves construiu sua trajetória política em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde foi coordenadora do movimento popular de mulheres nas décadas de 80 e 90. Como representante desse grupo, coordenou o processo de articulação e fundação da Central dos Movimentos Populares no Brasil.
No início dos anos 2000, foi assessora da Coordenadoria à Mulher da Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Trabalho do Estado em uma das gestões do governador Zeca, do PT.
Nos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff, entre 2003 e 2016, foi Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, atuando na construção da Lei Maria da Penha e da Lei do Feminicídio.
Foi uma das protagonistas da elaboração do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e do Programa Mulher Viver sem Violência, que tem como carro-chefe a Casa da Mulher Brasileira. Trabalhou também como consultora em políticas públicas de gênero e violência contra mulheres. Cida Gonçalves compôs a equipe de transição do novo governo Lula que fez a análise e o diagnóstico com relação às políticas direcionadas às mulheres.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República