O deficit nas contas do governo em 2017 é de 20 bilhões e o valor total sonegado por empresas investigadas na operação zelotes é de 19,77 bilhões, mas que vai pagar a conta é o povo?
Após mais de dois anos de atuação, a Operação Zelotes teve sua primeira delação premiada homologada pela Justiça Federal, informou hoje (11) o Ministério Público Federal (MPF). O acordo foi com o réu Paulo Roberto Cortez, ex-integrante do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Em troca do desbloqueio de seus bens e de ter sua pena limitada a um ano de prestação de serviços comunitários, Cortez deu detalhes sobre o esquema para fraudar decisões do Carf, que é a última instância de recursos administrativos conta a cobrança de impostos e onde, em geral, são julgadas dívidas milionárias com a Receita.
Cortez, que também devolverá R$ 312 mil aos cofres da União, se comprometeu a dar informações e documentos referentes a seis casos investigados na Zelotes, entre eles, o inquérito que envolve o Bank Boston, cujo esquema foi um dos alvos mais recentes de ações da Polícia Federal (PF).
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o suposto esquema de corrupção envolveu pagamento de propina para cancelar ou reduzir multas aplicadas ao banco. Em um dos casos, uma autuação tributária avaliada pela Receita Federal em aproximadamente R$ 600 milhões foi reduzida em 70%.
Paulo Roberto Cortez é auditor aposentado da Receita Federal e foi conselheiro do Carf entre 1992 e 2009.
O deficit das contas do governo em 2017 é de 20 bilhões e o valor total sonegado por empresas investigadas na operação zelotes é de 19 bilhões. O Partido Progressista aparece na lista com uma 10,74 milhões.
Banco Santander – 3,34 bilhões
Bradesco – 2,75 bilhões
Ford – 1,78 bilhão
Gerdau – 1,22 bilhão
Boston Negócios – 841,26 milhões
Safra – 767,56 milhões
RBS – 671,52 milhões
MMC – Mitsubishi – 505,33 milhões
Cimento Penha – 109,16 milhões
Café Irmãos Júlio – 67,99 milhões
JG Rodrigues – 49,41 milhões
Mundial – Zivi Cutelaria – Hércules – Eberle – –
OUTROS PROCESSOS INVESTIGADOS
Banco Santander 2 – 3,34 bilhões
Huawei – 733,18 milhões
Camargo Correa – 668,77 milhões
Carlos Alberto Mansur – 436,84 milhões
Copesul – 405,69 milhões
Liderprime – 280,433 milhões
Avipal/Granoleo – 272,28 milhões
Marcopolo – 261,19 milhões
Banco Brascan – 220,80 milhões
Pandurata – 162,71 milhões
Coimex/MMC – 131,45 milhões
Via Dragados – 126,53 milhões
Newton Cardoso – 106,93 milhões
Bank Boston banco múltiplo – 106,51 milhões
Copersucar – 62,10 milhões
Petrobras – 53,21 milhões
Evora – 48,46 milhões
Boston Comercial e Participações LTDA – 43,61 milhões
Boston Admin. e Empreendimentos – 37,46 milhões
Firist – 31,11 milhões
Vicinvest – 22,41 milhões
James Marcos de Oliveira – 16,58 milhões
Mário Augusto Frering – 13,55 milhões
Embraer – 12,07 milhões
Dispet – 10,94 milhões
Partido Progressista – 10,74 milhões
Viação Vale do Ribeira – 10,63 milhões
Nardini Agroindustrial – 9,64 milhões
Eldorado – 9,36 milhões
Carmona – 9,13 milhões
CF Prestadora de Serviços – 9,09 milhões
Via Concessões – 3,72 milhões
Leão e Leão – 3,69 milhões
Copersucar 2 – 2,63 milhões
Construtora Celi – 2,35 milhões
Nicea Canário da Silva – 1,89 mil
Banco UBS Pactual SA – –
Bradesco Saúde – –
BRF – –
BRF Eleva – –
Caenge – –
Cerces – –
Cervejaria Petrópolis – –
CMT Engenharia – –
Dama Participações – –
Dascam – –
Frigo – –
Hidroservice – –
Holdenn – –
Irmãos Júlio – –
Kanebo Silk – –
Light – –
Mineração Rio Novo – –
Nacional Gás butano – –
Nova Empreendimentos – –
Ometo – –
Refrescos Bandeirantes – –
Sudestefarma/Comprofar – –
TIM – –
Tov – –
Urubupungá – –
WEG – –
TOTAL – 19,77 bilhões