Covardes: Na hora H, Bolsonaro e filhos provam que a coragem era só um mito

Covardes: Na hora H, Bolsonaro e filhos provam que a coragem era só um mito

Significado de mito: Algo que é muito admirado, mas que não é real ou tem um fundo de exagero. Muitas vezes, é algo idealizado ou atribuído com características que não correspondem à realidade.

Eduardo Bolsonaro e a narrativa de perseguição: uma análise dos fatos

Nos últimos dias, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou que não pretende retornar ao Brasil, alegando estar sendo “perseguido” pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em especial pelo ministro Alexandre de Moraes. A justificativa apresentada por ele é que o Brasil estaria vivendo um cenário de cerceamento à liberdade de expressão, o que o levaria a buscar refúgio nos Estados Unidos. Contudo, uma análise dos fatos históricos e declarações do próprio Eduardo e de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, revela uma contradição gritante entre o discurso atual e as ações passadas da família, que frequentemente atacou o STF e as instituições democráticas.

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As declarações de Eduardo contra o STF

Em 2018, durante a campanha eleitoral que levou Jair Bolsonaro à Presidência, Eduardo Bolsonaro, então recém-eleito deputado, afirmou em um vídeo que “para fechar o STF, não precisa nem de um jipe, basta um cabo e um soldado”. A declaração, feita em tom de bravata, causou enorme repercussão e foi interpretada como uma ameaça direta à democracia brasileira, que ainda se recuperava das cicatrizes de uma ditadura militar encerrada em 1985. Na época, Eduardo tentou minimizar o caso, dizendo que era uma “hipótese” e que não defendia o fechamento do tribunal. No entanto, o episódio ficou marcado como um exemplo da postura agressiva dos Bolsonaro contra o Judiciário.

O 7 de setembro e os ataques de Jair Bolsonaro

Outro momento emblemático ocorreu em 7 de setembro de 2021, durante manifestações promovidas por Jair Bolsonaro em Brasília e São Paulo. Na ocasião, o então presidente declarou abertamente que “não cumpriríamos mais decisões do senhor Alexandre de Moraes” e chegou a dizer que “ou esse ministro se enquadra, ou pede para sair”. As falas foram um ataque direto ao STF e ao ministro Moraes, que àquela altura já investigava aliados de Bolsonaro por disseminação de desinformação e ameaças às instituições.

Outros episódios de hostilidade ao STF

Não foram casos isolados. Em maio de 2020, Jair Bolsonaro participou de atos em que faixas pediam o fechamento do STF e do Congresso Nacional, enquanto bradava que “as Forças Armadas estão ao lado do povo”. Eduardo, por sua vez, em diversas ocasiões, reforçou essa narrativa. Tais declarações mostram que, longe de serem defensores da liberdade de expressão, os Bolsonaro frequentemente flertaram com ideias autoritárias que minam o Estado de Direito.

A narrativa de perseguição e a realidade brasileira

Agora, em 2025, Eduardo Bolsonaro tenta construir uma narrativa de vítima, afirmando que o Brasil vive sob um regime que reprime a liberdade. Ele anunciou sua intenção de pedir asilo político nos EUA, alegando que teme ser preso por ordens de Alexandre de Moraes, responsável por investigações sobre tentativas de golpe de Estado e disseminação de fake news. No entanto, os fatos desmentem essa versão. O Brasil atual, sob a Constituição de 1988, é um país onde a liberdade de expressão é amplamente exercida — muitas vezes, até além dos limites legais. Prova disso é a quantidade de desinformação e discursos de ódio que circulam livremente nas redes sociais, muitas vezes impulsionados por apoiadores dos Bolsonaro.

A saída de Eduardo do país parece mais uma estratégia para escapar de investigações do que uma reação a uma suposta falta de liberdade. O STF, sob a relatoria de Moraes, tem agido para conter ameaças concretas à democracia, como os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que contaram com a participação de bolsonaristas radicais. Tais medidas, embora criticadas por alguns como excessivas, são respaldadas pela necessidade de proteger as instituições — ironicamente, as mesmas que os Bolsonaro atacaram durante anos.

Uma democracia viva, apesar das mentiras

Dizer que no Brasil não há liberdade é uma grande mentira. Nunca se falou tanto, nunca se publicou tanto, nunca se criticou tanto — inclusive o próprio STF. A diferença é que, hoje, há consequências para quem ultrapassa os limites da lei, como incitar golpes ou espalhar desinformação que coloque em risco a ordem democrática. Eduardo Bolsonaro, que já defendeu abertamente o fechamento do STF e medidas ditatoriais, agora tenta se valer de uma narrativa vitimista que não resiste ao escrutínio dos fatos.

A história mostra que os primeiros a atacar o STF e a democracia não foram seus supostos “perseguidores”, mas sim os próprios Bolsonaro. A saída de Eduardo do Brasil não é prova de um país sem liberdade, mas de uma democracia que, apesar de imperfeita, resiste às tentativas de desestabilização promovidas por aqueles que, no passado, sonharam com cabos, soldados e atos institucionais.

Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

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